Pra Me Enlouquecer É Mais Caro

República Anárquico-frevocrática fundada em 2002 por Rainha do Maracatu Roubada de Ouro, Senhor do teu Anel e Catirina Sem Mateus. Atualmente é administrada pela Mulherzinha 3.4 e a Rainha do Maracatu Roubada de Ouro. Afinal de contas, nunca perdemos a nossa majestade

quarta-feira, abril 30, 2003

Festa do Bota Dentro
Eu e STA resolvemos adiar afesta do Bota Dentro do apto da Rua da Aurora. Em compensação, deicimos o mote da Festa:
"Que fim levou Thabhitha Juliana?"
Com direito a web-convite com fotos da moçoila (antes do sumiço, evidente). Cada convidado que chegar á festa (munido de um presente para a casa, evidente) e receberá em mãos um formulário para contar a sua própria versão do sumiços de Thabhitha Juliana e Jhorge Maurício. A versão mais original fará com que o "contador da versão" leve um brinde pra casa.
O brinde ainda não sei o que é, mas te garanto que não é um negão imeeeeeenso (se eu e STA tivéssemos um desses à disposição a gente ia se fartar nele, e não oferecer aos convidados, vá por mim...)

Noite de whisky (de novo) e bate-papo
Perversa resolveu dar o ar da graça lá por casa, onde estávamos eu e Playboy e jogar Scopa, um jogo de cartas franco-italiano cujo baralho parece uma coisa medieval e eu - confessadamente - adoro.
Ontem tb tinha sido a apresentação de Arthur Moreira Lima com a Sinfônica do recife no Santa Isabel. Noite de gala. Eu até queria ir (sempre gostei do doido do Arthur que, diga-se de passagem, leva música clássica brasileira aos rincões do País, mas isso é uma loooonga estória)...mas com a entrada a R$ 60,00 é porque não vai dar meeeeeeeeeeesmo....

E por falar em amigo vacilão...
Estorinha bizarra ouvida por aí e que consegue ser pior do que o vacilo do Playboy na sexta à noite
Um carro a andar a esmo pelas ruas do Recife. Trata-se de uma back volta (entenda-se: back volta ou "Beck volta" pelo fato de ser uma voltinha de carro com direito a um baseadinho). Neguinho traga o troço e passa pra quem está no banco do passageiro, que, após tragar, passa pra quem está no banco de trás ... como acontece em qualquer cidade, venhamos e convenhamos.
Enfim, o motorista está lá, dando sua "tapinha" e, ao bater as cinzas pra fora do carro...o baseado cai pro lado de fora...imediatamente ouvem-se gritos dentro do carro:
"Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!"
É muito vacilão mesmo!!!!!!!

Depois eu ainda sou a filha da p....
Algo no ar me diz que ainda vou sair de traíra em certas estórias...coisa que, definitivamente, jamais fui
Quer saber? Tô nem aí....

terça-feira, abril 29, 2003

O dia até que estava indo bem...
Mas como alegria de pobre dura pouco, passei três raivas agora de manhã. Nada que duzentos copinhos de café e meio lexotan 3mg não resolvam. Minha gastrite, inclusive, agradece.
Raios, raios múltiplos, raios tríplices!!!!
Citando uma das minhas máximas
"Tô andando muito dentro de casa. Acho que pisei em rastro de corno ou de rapariga!!!!!"
Vai passar. Eu jamais consigo ter raiva por mais do que cinco minutos (mentira, às vezes chego a ficar até 2h com raiva), motivo pelo qual eu evito barracos. Explico-me. Uma das coisas que mais me incomoda emmim mesma é a minha impaciência. Segundo STA, sou uma das pessoas mais pacientes que ele conhece (e olha que ele me conhece pacas). Mas só Deus sabe o quanto eu me esforço pra ser uma pessoa paciente quando às vezes tudo o que eu quero dizer é "Vai pra Putaquiupariu!!!!!!!"
Pois é. Daqui a cinco minutos volto ao normal. Por ora cito o MC Serginho "Ah, elas estão descontroladas"!!!!!

Ê Lelê!!!! Noite de degustação de whisky!!!!!
Como assim degustação de whisky?!?!?!
É.
Degustação de whisky, tal como degustação de vinhos e euzinha aqui fui convidadíssima para uma noite de degustação de Johnnie Walker Black Label. O evento era para cinqüenta convidados no restô dos meninos. Adivinha quem eu levei a tiracolo como meu acompanhante? A Bicha Superpoderosa, que simplesmente a-d-o-r-a um freje. E, feito euzinha, também adora homens e é devoto do álcool.....vamos lá:

Do “ser ou não ser quase bofe”, eis a questão
A Bicha chega na minha casa, evidente, atrasada. Beijinhos esbaforidos e entrego a ele um tubo de gel (não deu tempo da Bicha terminar a production em casa, sabe como é né?). No semáforo fechado, Superpoderosa saca o tubo de gel e ajeita as madeixas. Olha pra mim e dispara a pérola:

Superpoderosa: Tás vendo isso? Calça de microfibra, minha filha. Contando ninguém acredita!
Eu : Qual é o problema? Eu gosto de microfibra
Superpoderosa: Sim, mas eu vestido de calça de microfibra? Quase viro um bofe!

Detalhe sórdido: Com aquela blusinha lilás e luminosa que a Superpoderosa vestia ontem pra constrastar com a calça de microfibra...virar bofe é algo que, definitivamente, vai precisar mooooooito mais do que uma famigerada calça de microfibra.....

Como assim mulher não toma whisky, cara-pálida?!?!?!
Sou devota do whisky, como já disse aqui várias e repetidas vezes. Ao chegar no restô, a recepcionista da Johnnie Walker nos atende com um belo sorriso e eu me adianto à Superpoderosa.

Recepcionista : Boa noite, senhores.
Eu: Boa noite.
Recepcionista : O nome, por favor
Eu: Fulana de tal
Recepcionista : Não. Em nome de quem foi enviado o convite?
Eu (sarcástica) : Fulaaaaana deeee taaaaaaaal (repetindo meu próprio nome devagarzinho)

Probleminha de bares e restôs em Recife (não é o caso do restô e do Anjo do Cu Solto, grazie Dio). Se há um casal na mesa e o pedido é uma coca e um whisky, a bebida alcóolica sempre é servida ao homem....humpf!!!!
Gosto sim. Gosto de maracatu, homem, whisky e cigarros malrboro. De charutos esporadicamente e de sol o ano inteiro. Que coisa difícil, heim?!?!?!

Um homem de saias é mooooito sexy
A degustação foi apresentada por um escocês legítimo. De kilt. Que coisa sexy.....
Estávamos em um grupo grande. Fora eu e a Poderosa, estávamos Rockabillie e Púshkin, Playboy e consorte, Má e Ká(casal figuraça) e um monte de gente interessante circulando e dando pinta. Degustamos quatro maltes, (fora o Johnnie Black) e o que eu gostei mais – evidente – é o que agradou menos a todos. Segundo o escocês, por ser um malte forte, agradava apenas a 10% dos consumidores (ele, inclusive).
Rá! Eu adoro whisky encorpado, picante, looooooooongo, daqueles que deixam um tapa na língua quando desce. É feito vinho. Alguém aí já tomou um bom vinho encorpado, daqueles de fazerem a língua estalar? É como eu gosto de vinho. Correto e com personalidade....feito homens....enfim

Quando eu crescer quero ser assim....
O cara é noivo e a fiancée está em Londres, por um ano. No entrementes conhece uma moça que acha interessante, mas que não dá bola a ele por causa do noivado. Saem juntos durante um ano e, na véspera da volta da noiva a moça finalmente cede: “Tudo bem, pode me dar um beijo”.
Resposta do rapaz: Agora não vou fazer mais isso não!
Deu certo. A noiva voltou e depois de uns meses, fim de noivado. A moça da estória hoje é casada com ele.
Moral da estória: Mulher é tudo igual, só muda de endereço. Mostre a ela algo que não pode ter e cria-se o problema: a vontade vai ficando cada vez maior que o medo...
Escutei essa estória ontem e lembrei do meu mestre do maracatu....durmo pensando nele...Ô menininho....ô menininho....

segunda-feira, abril 28, 2003

Por que Vicente é um furigundo...
E-mail de Vic. Uma foto atachada onde figuram ele, Baiano (um amigo de Bsb) e nove anões. Issomesmo. NOVE ANÕES.
E ele tenta justificar pra mim que topar com nove anões na rua, em pleno carnaval, é uma coisa única e talz...e que precisava fazer a foto.
Não sei se achava aquilo bizarro ou engraçado...
É por essas e outras que às vezes (mas só às vezes), eu acho que sou normal...
E o furigundo dispara um "normal é coisa que vc não é e não precisa se cobrar por causa disso"
Pode?!?!?!?

Ihhhhhh...acho que eu tô precisando de companhia masculina
Aos passantes que não me conhecem, não sou dada a lamúrias. Acho um pavor gente que vive se lamentando da vida. Tá vivo? Tá com saúde? Tá com emprego? Todos os seus queridos estão bem?
O resto a gente resolve.
Acho que eu tô precisando de companhia masculina. Mas a cada vez que avalio as possibilidades eu me desanimo. Preciso de um homem que "saia comigo na porrada" (minha personalidade é muito forte e, portanto, minhas opiniões são muito sedimentadas a essa altura do campeonato) e que tenha no mínimo interesses em comum que sustentem uma relação sólida.
Mas não seria nada mal ter um cobertor de orelha de vez em quando. Eu namorei muito pouco (homens tremei! E todo mundo me acha uma doidivanas!!!). E começo a me questionar sobre a possibilidade de encontrar uma figura que goste de livros, de música e - principalmente - dos meus amigos...
Tá bom, eu tô precisando dar. mas não tô com ãnimo pra sair e caçar, não gosto disso, nunca gostei. Queria alguém que batesse na minha porta e se dispussesse a resolver esse "probleminha" .... hahahahaha

E hoje é aniversário de quem? de Tetéia!!!
Que recebeu ontem uma pequena surpresa-mico-dourado: contratamos um carro daqueles de mensagem, breguérrimos. O carro chegou no meio do ensaio e literalmente, todo mundo parou de batucar. Foi show!
STA escolheu a trilha sonora a dedo. Saca só as pérolas que tocaram:

Egüinha Pocotó (e a gente lá, dançando ao som funk-trash)
"Quer saber? Minha regra não veio. Sorria! O pai é você" (não sei o nome da música, mas é um brega cult-trash...e de mau gosto. Isso é lá jeito de dar notícia de gravidez?????)
O melô da rapariga (rapariga mesmo, a mulher saca uma de "amor de rapariga" e tal...)
Enfim, foi um evento...

Empresa de Mudanças Maracatu Roubada de Ouro nação Estrela dos Bigodes Brilhantes
A dispor dos amigos, desde que estes não estejam se mudando nos próximos 12 meses porque eu, definitivamente, não aguento mais mudança. É legal, a gente ri feito um bando de lesos coisa e tal, mas a cara de barraca que se apodera de mim pela segunda-feira de manhã é um pavorrrrrrrrr!

Então o finde foi assim: sexta-feira foi aniversário de Mama Tcholla e fomos ao restô, eu ela e os meninos comer e falar besteira antecipando o trabalho pesado do sábado. Sabadão de manhã, Púshkin nos acorda às 8 da matina (é quase madrugada!!!!!) para começarmos a mudança. Éramos duas meninas (eu e Mama) e cinco rapazes; STA e todos os irmãos Brothers, como diria Buck....(Rockabillie, Púshkin, Playboy e Dan, the Satan)
Detalhe sórdido: Púshkin virou vizinho de quem? De quem?
Raposinha 4.6....definitivamete, uó!

Um aparte : da Série "Tem amigo vacilão quem pode..."
Playboy me liga na sexta à noite. Ele vai me buscar em casa. Ele tinha marcado um encontro com Tchello Bello, um amigo a quem estava vendendo um equipamento. Daqui a pouco Playboy liga de novo:

Playboy : Porra eu sou um vacilão. Eu estava em Casa Forte (Zona Norte) e voltei até Piedade (Zona extremamente Sul) pra pegar vc (esquecendo que eu estava morando na Rua da Aurora e que, portanto estava a dez minutos de onde ele tinha saído)

Chegamos à casa de Playboy, onde Tchello Bello, evidente, já estava esperando. Subimos e pegamos e equipamento. Faltava uma peça. Eu alertei ele que Tchello – evidente – iria querer a peça. Descemos. Tchello Bello – sim – quer a peça. Subimos. Procuramos. Nada. Descemos, nos despedimos e vamos à casa de Púshkin. Na entrada, liga Tchello Bello. Falta outra peça.
Putz....voltamos. Eu a essa altura já peço pra sequer descer do carro. Playboy sobe. E quando desce, desce rindo....

Playboy: Quem é vacilão tem amigo o quê?!?!?! Vacilão tb.
Eu : Por quê?
Playboy : Porque a peça estava com ele, que só notou isso quando eu já estava subindo no elevador.
Eu: E vc ia procurar a peça aonde?
Playboy (se estourando de rir): Nessa mochila que está aí no banco de trás....eu achei que tinha deixado ela lá em cima...

Putaquiupariu...

O galetão e o maracatu dos bigodes brilhantes
Mudança....sabadão...cansaço....
A cada vez que alguém arrefecia de cansaço, Púshkin lembrava:
“Óa o galetinho! Óa o galetinho! Tá perto de acabar”
Quem lê essa josta aqui sabe que no dia da minha mudança rolaram três “galetos-de-poeira” (daqueles comprados na rua) e a galera se esbaldou.

Terminada a mudança – às 15h! – saímos pra comprara os galetos. Paramos num bregueço que só vendia galetos (Rei dos Galetos ou algo assim, não lembro) e sacamos dois galetos e umas toscanas, feijão de corda, arroz, farofa, vinagrete...e depois, em uma churrasqueira de rua, sacamos mais dois galetos....adivinha qual estava melhor?
O de rua, evidente. Não sobrou nada dois pobres galetinhos de rua.
Os de butique, em compensação, ficaram não intocados (aí era querer demais de seis pessoas esfomeadas e que estavam carregando mudança desde as 8 da matina), mas sobrou ainda muita coisa neles....

Ihhhhhh....nesse mato tem coelho.....
Acho o mestre do meu maracatu muito interessante, porém com dois defeitos de fabricação: um é ter 20 aninhos. O outro é ser casado (bleargh!!!!!)
Sábado à tarde saí da mudança e Playboy me deu uma carona até a aula de percussão. A aula de percussão do sábado chega a ser melhor do que o maracatu no domingo. Somos apenas cinco alunos e o mestre. Eu, a única mulher, fico uma coisa “bendita sois” (entre os homens, evidente)... lá pras tantas, estou eu a tocar meu timabu e talz...o mestre olha por cima do meu ombro e lança uma cara de desdém e dispara um “chegou a carona”. Ao me virar dou de cara com Púshkin que, vendido por R$ 0,50, tinha decidido tomar uma breja comigo...

Mais tarde, já no caminho da minha casa Púshkin comenta:

Púshkin: Camarada, vc confia em sexto sentido masculino?
Eu: Confio, por quê?
Púshkin: Quando eu cheguei vc estava de costas e o mestre olhou pra mim com uma cara feia...uma coisa do tipo demarcando território...
Eu: Pois é. Isso porque vc não ouviu o comentário dele quando vc chegou....Eu heim!

No domingo, um novato na oficina me cumprimenta me perguntando pelo “menininho”. Que menininho, cara-pálida? Ao passo que o fulano diz um ...”Ah, vc não é a esposa do mestre não, né?”

Tá bom, descobri que o cara tá viajando em mim porque eu sou parecida com a esposa dele que tem quase a mesma idade que eu...putaquiupariu...

Bom, é uma grendessíssima pena. Eu acho ele uma coisa fofa e, a avaliar o jeito com que ele dança, deve ser de uma competência ímpar....me faz ter pensamentos sórdidos...e olha que eu não costumo ter pensamentos sórdidos com freqüência....

O domingo foi tranqüilo, com maracatu e Catirina dando o ar da graça com uma mesa cheia de mulheres belas. Fomos ao Teppan e saímos em comboio, todo mundo pregado. Tô com uma cara de barraca monumental. Não quero saber de mudança nem tão cedo. E olha que Buck talvez se mude no próximo mês...ai meu Deus, num quero nem pensar....

sexta-feira, abril 25, 2003

"O que você faz quando a única pessoa que pode fazer você parar de chorar é a aquela que te fez chorar?"

Da série "Tem Amigo Safado quem Pode"...
Púshkin vai se mudar pela segunda vez em menos de um ano. Irei dormir na casa dele hj à noite pra ajudar a empacotar troços e bugingangas e amanhã, colocar tudo em cima do caminhão. STA vai nos ajudar. É nossa maneira de retribuir, inclusive, a ajuda que ele prestou na nossa mudança na semana passada.
Playboy fará parte da força-tarefa pois mantém um cafofo no apartamento de Púshkin. Não é muita coisa: uma cama m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a, um ar-condicionado, um sisteminha de som portátil...acho que só.
A boa notícia é: acho que Púshkin vai deixar o piano elétrico dele em minha casa, já que a mãe dele vai trazer o piano armário pro cafofo novo. Lá em casa já tem o violão do meu irmão, duas alfaias (uma minha e outra de STA), um Timbau....já dá pra tirar um som...

Achei a minha amiga!!!!!
Não sem antes passar por Belém, Recife, São Paulo, Holanda e Estados Unidos...
Internet tem dessas coisas esdrúxulas e maravilhosas. Achei minha amiga de infância, que está nos Estados Unidos. Hahahaha, estranho foi o percurso:
Entrei em contato com a gerente de um site para ex-alunos da minha escola (do Colégio Militar), que mora atualmente na Holanda. Ela entrou em contato com um ex-namorado dela (que tb é ex da minha amiga) que mora em Belém. Ele repassou a ela (que repassou a mim), o telefone dessa minha amiga em São Paulo. Em São Paulo alguém atende o telefone e diz que ela está morando nos Estados Unidos, mas me consegue um e-mail....
Pense numa mulher difícil de achar!!!!!!
Recebi e-mail dela hj de manhã. Pergunta se eu casei (hahahahaha). Como se ela já tivesse casado tb!!! É ruim heim?!?!?!
Nós gazetávamos aula pra roubar jambos, o que me rendeu um "convite de expulsão" da escola (era chique ter um convite de explusão) e, no e-mail ela diz que precisamos roubar jambos de novo...ô como era bom ser moleque!

Pense numa roubada
12:40 de ontem. Ecoam tiros. Mais tiros. Mais tiros. Outros tiros. Correria, tumulto, confusão.
Assalto a um banco que fica dentro da empresa onde tabalho. Piadinha de mau gosto. Um milagre ninguém ter se ferido. 20 min depois disso, chega a globo, seguida de três jornais e uma emissora de rádio. Só consegui me sentar às 16:30, após atender à última solicitação da imprensa.
Assessor de imprensa tem funções ingratas de vez em quando porque:
1) o banco é independente da empresa onde trabalho, o que significa que não podia prestar informações oficiais sobre o assunto.
2) a empresa de vigilância do banco é outra que não a mesma que presta serviços para a emrpesa onde trabalho.
3) O banco não queria prestar informações sobre o assunto. Nem liberar as imagens do Circuito interno de TV

Essas entre outras roubadas e detalhes interessantes.
Saldo positivo: não morreu ninguém, o que eu particularmente considero um alívio, pra não dizer um milagre. Apenas um soldado da PM que trocou tiros com a marginália levou dois disparos de raspão e está bem.

Jornalista ganha mal, trabalha feito féladaputa e ainda tem que passar por essas. Inventar uma estória? De quê? Eu num tava lá, pô...que saco!

quinta-feira, abril 24, 2003

Ainda no saldo!!!

Meio atrasado, mas em tempo, eu conto o saldo do feriadão:

1 - Infecção intestinal brabissima - Nada de delícias pernambucanas a base de leite de coco ou sequer um mero fragmento de ovo de chocolate. Caralho!!!!!

2 - Um tocador de CD temperamental, que desde que mudou para a rua da Aurora anda com vislumbres de independente rebeldia. Só toca o que quer, e geralmente, só os piratões.

3 - Quase dois livros relidos... Tou pegando a monstrice da RMRO.

4 - Dois beijos de boca no sábado, eh verdade. E o último carinha que eu beicei era tudo de bom (pelo menos eu achava). No domingo, descubro que esse carinha era uma Doida: beijou na minha boca, na do amigo dele e na de outro paquera, que por sua vez tbm estava exercitando os lábios em outro cidadão! Tudo isso na mesma noite! Putaria da grossa!

5 - Não fui à praia.

6 - O pior de todos. Ontem minha mãe, que tinha mandado para mim uma encomenda de delícias e doces mineiros, me liga dizendo que o pacote voltou para Minas Gerais!!!!! Caralho, duas vezes caralho!!!!

Ai, ai. Mas confesso que pra mim a coisa toda acabou com o saldo positivo. Basta olhar pra vista da minha cozinha e suspirar... Ai, ai.

O consolo do sumiço de Thabhita foi...
Ganhar um "chá de balla 12 anos" (leia-se uma garrafa de Ballantines 12 anos). Ontem à noite estávamos lá em casa Penélope, STA e Púshkin, que me trouxe a garrafa pra que ficasse lá em casa. É uma longa estória. No meu aniversário, ganhei uma garrafa de Jameson (whisky irlandês que eu a-d-o-r-o) e deixei a garrafa na casa dele. Well, tomei umas boas três doses...aiai, como whisky é ótchimo. Eu gosto sim. De homem, de whisky e de cigarros marlboro...

Frase que me foi dita ontem e que eu amei...

Por e-mail de alguém que me lê, mas que não me conhece pessoalmente...

Tem coisas que não dá pra explicar. Como já lhe disse, sempre tive dificuldades em aceitar que pessoas se relacionem virtualmente, é frio e insipidamente abstrato... mas olha eu fazendo exatamente isso. Eu já me confessei claramente apaixonado - não por "fulana", é claro - mas por esse seu personagem que lhe rouba o cotidiano e transforma os momentos mais simples de seus dias em uma festa com muitos convidados.

Tranformar os momentos mais simples de meus dias em uma festa com muitos convidados é uma coisa belíssima de se dizer...

quarta-feira, abril 23, 2003

Nova teoria esdrúxula para o sumiço repentino de Thabhitha Juliana e Jhorge Maurício
Almoço de frutas com yakult. Potoca com Fifi
Revelo a minha indignação pelo sumiço de Thabhitha Juliana.
Teoria esdrúxula de Fifi:

Fifi : Que nada! Ela fugiu com Jhorge Maurício. Estava era cansada!

Eu: Aquela RAPARIGA!

Ahn tá. Depois a doida sou eu que cria uma Barbie com o Max Steel no pé de Ficus...

Iji Maria, esse troço de ser mulherzinha é difícil...
Saí ontem com Playboy (a boa filha à casa torna, saímos às 23h e cheguei à 1:30 da matina).
Vejam como me comportei bem> não pedi cerveja uma vez sequer ao garçom e nem esperneei na hora de pagar a conta. Tô ficando comportadinha né?
Pra não dizer que virei tão mulherzinha assim; saí de vestidinho preto curto e coturnos. O máximo que eu consigo fazer é me comportar bem. Não gosto nem de lembrar da última vez em que coloquei maquiagem e fiquei com uma infecção no olho por causa do pó.
Tava mor-r-r-r-r-endo de saudades do safado do Playboy. A gente não se via desde a mudança e a tirada do "maracatu nação estrela dos bigodes brilhantes"

Sobre a praga de Bicha, que é pior do que praga de rapariga
E sobre a minha praga, que sou uma "amiga-bicha-rapariga"

Praga de bicha é horrorosa. Dizem que é capaz do bilau do sujeito cair. É feito bicha beijar na boca de mulher: diz que dá, no mínimo, sete anos de azar!
Praga de rapariga é assim: curta, porém eficaz, porque rapariga que se preze perdoa logo, vacas todas que somos. Praga de raapriga é aquela ém que o fulano não passa da soleira do bordel e a praga pega. Pois bem
A minha,e ntretanto, é mais poderosa. Sou considerada uma "amiga-bicha-rapariga". E estou com óooooooooidio, como diria Major Alfonse, imitando o melhor dos caruaruenses...vou rogar uma praga de bicha-rapariga e, como jamais rogo praga nos outros, espero que os meus créditos vençam todos com essa praga que, se pegar, prometo que passo mais quatro anos sem rogar praga em ninguém!

O motivo da praga de bicha é:
Surrupiaram Thabhitha Juliana e Jhorge Maurício

STA foi almoçar em casa ontem à tarde. Moramos no último andar e somos apenas dois apartamentos, motivo pelo qual Tabhitha e Jhorge (a Barbie e o Max Steel, respectivamente) moravam no pé de ficus em frente à nossa porta. Disse ele ter tido um "lampejo" e ter pensado em retirá-los de lá, mas zuzo bem
De noite kd os bonecos? Jacaré viu? Nem nós.
Das duas uma: ou foi algum moleque mal-educado, ou algum zelador mal-educado. Pense na praga de bicha-rapariga que eu vou rogar!

E a praga é a seguinte:
Que todas as crianças que participaram da brincadeira tenham diarréia por 15 dias!!!

Isso mesmo. Que fiquem todas de fundilhos assados e pensem 45 vezes antes de pegar o que é alheio.
Se tiver sido o povo da limpeza tb. Que o marmanjo que tenha pego meus preciosos presentes passe 15 dias numa caganeira triste que a mulher dele precise colocar um bom par de chifres pra ter que satisfazer a ausência do furigundo!

terça-feira, abril 22, 2003

Ah essa tal de Internet...
Nunca tive namoradinhos on line e confesso que acho conhecer pessoas pela rede um Maracatu Roubada de Ouro além do que eu possa suportar. O fato é que ando em busca de uma querida amiga de escola sobre a qual não há uma linha sequer em qualquer dos sites de busca que eu procure. Resolvi então buscar pelo nome da escola onde estudamos juntas (passados trocentos anos).
Pra minha surpresa, descobri um site de ex-alunos da escola. Agora vem a minha primeira confissão:
Eu estudei no colégio militar (já devo ter dito isso aqui muito en passant). Não do exército, mas um dos três colégios que a Aeronáutica mantém país afora. O no qual eu estudava chama-se Escola de 1º e 2º graus Tenente Rêgo Barros e, para horror geral da nação (olha a segunda confissão), essa "jornalistinha de merda" (como diz Raduann Nassar em "Um Copo de Cólera") eu jamais fui tão feliz num estabelecimento de ensino como eu era ali, naquel lugar cravado em pelo bosque amazônico (ele é em Belém-PA, minha terra natal) e, apesar de ter que hastear bandeira, cantar trocentos mil hinos e usar uma fardinha igual a dos milicos da força aérea, o colégio era, de fato, supimpa.
Atualmente eu até me encontro com os ex-alunos da minha época de sgeundo grau, já numa escola daqui de Recife. Mas confesso que a nostalgia bateu pesado...a valer.
Não achei notícias da minha amiga e me pergunto: onde aquela furigunda se escondeu? A probabilidade de não ter ao menos um homônimo na rede é tão pequena que isso me dá certa aflição;
A quem interessar possa: o nome da furigunda é Talvana Crécia Barbi Silva (Tá bom, tá bom. Achar um homônimo é mais difícil do que achar a original com esse nome nada convencional). Mas, pelo menos ao deixar o nome dela aqui espero que um dia a fulana resolva entrar na Internet e ver se alguém algum dia na vida falou algo dela. Eu falei. Tá aqui. Registrado.
Talvana, sua quenga perdida, tô cum saudades e caso não adivinhe, lembre-se que nos encontramos em Recife lá pelos idos de 1995 pela última vez, na casa da Angélica. Desde então ela esteve no RJ e em SP. Como eu tb mudei pra Bsb e depois voltei pra cá, perdi a moça de vista.
Se alguém souber dela...sugestões de procura são bem vindas

Resumo de feriadão:
O dia em que eu virei lesbian-chik de butique


Eu e Senhor do Teu Anel arrumamos a casa e fomos caminhar (eu de patins) no Parque 13 de maio. No entremeios houveram algumas doses de humor negro, outras de humor esdrúxulo, outras, como sempre o são – surreais, como eu ter me fantasiado de mulherzinha de mulherzinha e ter ido à boite gay. Vamos lá

A quinta-feira e o Mico King-Kong
Em breve almoço lá por casa pairaram cinco convidados. Quatro moças e um marido de uma delas ( e pra Marcelo belchior, que acha que não sei cozinhar, o menu foi massa com molho papardelle e filés ao molho de queijos). Lá pelas 15h só restávamos quatro mulheres na sala, STA lendo um gibi e meu irmão no banho. Sai do apto do lado o vizinho (eu já disse que o meu vizinho faz um “tipão”?). Avalie o moço: ele é alto, cabelos longos e lisos até quase a cintura e um belo sorriso. Entra no meu apartamento (ele sempre conhece alguém que me conhece, e isso é divertidíssimo!) e dá dois beijinhos em Penélope (é amigo do marido dela) bate um pouco de papo (estava com nadadeiras e pés de pato presos às costas num grande mochilão rumo à Serrambeach), despede-se e sai. A porta estava aberta e ele estava no meu ângulo de vista. Mas não do das meninas. Ao pensar que ele havia entrado no elevador, Tetéia dispara um:

Tetéia: Rainha, menina, Fulano é leeeeeeeeeeeendo!

Eu, de pronto, já mudo de assunto e disparo um “mas sobre aquele layout do jornal e tal” (ela diagrama o jornal da minha empresa pra mim. Segue o resto do diálogo

Tetéia: Ele tá aí ainda é?
Eu: Mas sobre o jornal...
Tetéia: Lascou! Eu já disse mesmo. FULANO, Ô FULANO! TU ÉS LINDO, GATO! PARABÉNS!

O vizinho, que até então estava educadamente fingindo não ter ouvido, começa a rir e diz um tímido “obrigado”. O elevador chega e ele parte. Nós, no apto, estouram-nos de tanto rir.

Sexta-feira é dia de piriri
Senhor do teu Anel ficou virótico teve cólicas e piriri. Eu saí pra almoçar com Rockabillie e o furigundo do Púshkin, que não tem mais o que fazer, resolve ligar de Bonito, no Mato Grosso pra fazer inveja. Morra três vezes!

Tem gente que compra acessórios a R$1,99 e a bicha baixa sou jo. É mole?
No sábado fomos almoçar com a Bicha Superpoderosa no Shopping Recife. A Bicha é um evento ambulante e uma festa movediça. Dá tanta importância às suas superproduções fashion quanto aos locais e companhias que freqüenta. O fato é que no sábado após o almoço a Bicha adquiriu uma corrente de pulso e uma pro pescoço. Nesse ínterim, decido entrar numa loja de R$1,99 pra ver se encontro badulaques para casa com motivos de frutos do mar (adoro conchinhas e afins) e a Bicha dá um escândalo: “Eu não entro jamais em lojas de R$1,99!" Ao que respondo que ela não precisa entrar, que me espere do lado de fora. Entro e, depois de uma rápida olhadela, nada me atrai e saio da loja. Kd a bicha? Tava na fila do caixa

Eu: Kd a Bicha?
STA : Na fila do caixa.
Eu: Como assim?

E a bicha sai contente e feliz da vida com uma carteia em punho. Carteira mesmo, de documentos e dinheiro, uma coisa pequenina, quadriculada em verde, azul e branco. Um evento. Tava feliz feito pinto na bosta porque ia “fazer estilo”. Deixa estar que, apenas 24h mais tarde a pobre coitada da carteira já estava descosturando...

Sabadão e o dia em que eu virei mulherzinha-lesbian-chik
Eu e STA temos uma amiga em comum que está de coração partido porque a namorada dela acaba de se mudar de Recife. Após muita insistência, deixo-me ser convencida de ir à boite gay pra fingir ser mulherzinha dela no melhor estilo “Olhos nos olhos, quero ver o que vc faz ao sentir que sem você eu passo bem demais”.
Well, coloquei um body preto costas nuas, uma microsaia luminosa preta da Cantão e um par de coturnos pretos acompanhada de uma boldinha toilette preta. Pintei os olhos, a boca e saí com STA pra Seven, antro de perdição que já foi a boite mais careta da cidade em outras fases quando respondia pelo nome de Over Point.
Dancei bastante. Isabela Morais, cantora, fazia um show pra lá de animado e segundo reza a lenda eu fiz sucesso entre as moçoilas da casa. Não, ninguém tentou me cantar e eu voltei pra casa às 2:30 da matina pra retomar meu livro “O inimigo de Deus”, de Bernard Cornwell, segunda parte da trilogia do Rei Arthur ( os 40 paus piores empregados da minha vida, pois li 513 páginas de livro em 24h mesmo tendo saído, andado de patins, firulado no shopping....amei o livro)
Bom, a conclusão da noite é que também não tenho vocação pra mulherzinha de mulherzinha. Não gosto dos ambientes de boites gays, que deixei de frequentar há looongos e variados anos. Prefiro o meu bom e velho livro com Billie Holiday de trilha sonora. Acho que tô ficando velha...
A título de esclarecimento (esse vai especificamente pra Marcelo Belchior): eu não sou lésbica. A proposta era me divertir e fingir que estava acompanhando a minha amiga apenas pra fazer ciúmes a outra mulher. Como eu mesma diria: “Tem amigo safado quem pode”

quarta-feira, abril 16, 2003

Sexo e comida intrisecamente ligados
É quando comer é igual a comer

E nem fui eu quem disse. Foi a Isabel Allende (terminei "Vinho e Guerra" ontem e emendei com outro...olha o meu vício inútil...). Estou lendo "Afrodite", um apunahdo de contos, receitas e outros afrodisíacos. desocbri que encontro um eco de voz que me comprova que sou o mínimo de normal. A escritora revela pérolas.
"O único afrodisíaco verdadeiramente infalível é o amor. Nada consegue deter a paixão acesa de duas pessoas apaixonadas. Neste caso, não importam os achaques da existência, o furor dos anos, o envelhecimento físico ou a mesquinhez de oportunidades; os amantes dão um jeito de se amarem porque, por definição, esse é o seu destino. Mas o amor, como a sorte, chega quando não é chamado, instala-nos na confusão e se desmancha como neblina quando tentamos retê-lo".

O livro é muito bom. Fico feliz em saber que sim, os sentidos - em todos os sentidos - precisam, de fato, ser aguçados. Hahahahah, e segundo a autora, as cozinheiras são, de fato, bruxas alquímicas mestras na arte de transformação de materiais. Quero ver Vicentão agora chamar meu fogão de meu "brinquedinho" (quase taco as panelas na cabeça dele quando ele disse isso).

Gripe. Gripe. Moooooooita gripe
Minha cabeça está chacoalhando. E lá fora um pusta sol. E eu aqui, trabalhando...
Humpf!

terça-feira, abril 15, 2003

Da série "Por que eu me Ufano dos meus amigos"
Buck, projeto de alemão nazi-skinhead, cara de Baby Johnson e um pézinho na África trata-se de uma das aquisições mais divertidas dos últimos tempos. Ele é ácido e irônico como poucos que eu conheço. Costumo dizer que eu gostaria de colocar ele e Bebé de frente um pro outro numa mesa de bar e comprar ingresso pra platéia aproveitar as tiradas sarcásticas.
Buck toca alfaia. E é moooooito alto. Em pleno carnaval Buck (e nós todos) lá em Olinda, tocando bombo debaixo de um sol escladante de 40º pra divertir a moçada e aí dois paisanos disparam um:

Tá vendo o gringo? Tá vendo o gringo? Num toca porra nenhuma!

Há um afoxé que diz "Eu vim da África, eu sou Nagô. Sou de origem negra, sou filho de Alafin Oyó"....cínico como só ele sabe ser, Buck simplesmente a-d-o-r-a essa musiquinha e entoa ela a cada ensaio de maracatu.

Vistem o blog do moço. Ele escreve bem pra burro:
http://www.blaclick.blogger.com.br

Dicionário da Piniqueira

Caros Leitores... Aqui vai mais uma contribuição do senhor do Teu Anel para a risadagem geral. Peguei de um blog de um conhecido meu.

lidileite (litro de leite)
dendapia (dentro da pia)
bardapia (debaixo da pia)
unkidicarne (1 kilo de carne)
bardacama (debaixo da cama)
iscordidente (escova de dente)
estarzunidu (Estados Unidos)
pondiôinbu (ponto de onibus)
denduforno (dentro do forno)
dôidimaim (doido demais, menino)
ansdionti (antes de ontem)
sabupassado (sabado passado)
sabutrasado (sábado retrasado)
vidiperfum (vidro de perfume)
tirisdaí (tira isso daí)
ondecotô? (Onde que eu estou?)
dôdistombo (dor de estômago)
issakipódmoiá? (isto aqui pode molhar?)
usvidifora (os vidros de fora)
usvididentu (os vidros de dentro)
urmininxegaru (os meninos chegaram)
marmininu... (mas menino...)
unbagjaka... (um bago de jaca)

E essa exposição de Barbie, heim?!?!??!?!
Tá rolando uma exposição de Barbie no Shopping Tacaruna. Eu num guento mais a penca de gente que chega e diz "Tá rolando uma exposição que é a sua cara...". Não é. Eu ODEIO a Barbie.
Falando nisso, vcs precisavam ver a cara do francesinho na minha casa quando ele deu de cara com Tabhitha Juliana e Jhorge Maurício dependurados no pé de ficus...

Depois é mulher que gosta de fofocar...
Recebi minha primeira visita oficial no apartamento em dia de semana: Púshkin apareceu por lá por volta das 22h e ficamos na varanda, curtindo a brisa e tomando cerveja estupidamente gelada falando mal da vida alheia - inclusive da nossa, evidente

Profissão: jornalista
Ocupação: baby sitter de cães sem dono

Sempre acabo conhecendo uma penca de gente que visita Recife porque sempre tem "um amigo que me indica a um amigo". O fato é que eu acabo conhecendo um monte de gente figuraça e, graças a Deus, nunca puseram nenhuma mala sem alça na minha conta.
Ontem eu estava almoçando com meu chefe e DOIS milicos (bleargh! nem eram interessantes) e me liga um cara com um sotaque carregadíssimo. Tratava-se de Seb, amigo de Val, amiga de Macaca.

Seb: Eu sou amígo da Val e ela me dêu o seu númerrô de telefône pra gente beberr uma cerrveja... (Tô tentando reproduzir o sotaque, mas sou péssima nisso)

Bom, saí do trabalho mais cansada que um pangaré e peguei o bonitinho em Boa Viagem. Larguei umas compritchas em casa e fiz um city tour a pé com ele pelo centro do Recife, andamos da Rua da Aurora ao Recife Antigo, onde sentamos pra beber uma cerveja. Bonitinho o moço, dava até pra beijar na boca, mas era uma proposta francesa demais: branco demais, alto demais, loiro demais, olhos azuis demais. De resto, é um fofo e trabalha na embaixada em Bsb.

De todos os cães sem dono que já acolhi, o mais figura, sem sombras de dúvidas, era um economista italiano que morava em New York e dava aulas em Princeton. Surreal: eu, pobre porém limpinha hospedando um professor de economia de uma das melhores faculdades de economia do mundo...Hahahahah

segunda-feira, abril 14, 2003

Sobre a cortina fashion...
Sob protestos, Catirina registra que não comentei nada sobre a cortina de banheiro fashhion que ela e Bebé compraram pro apto. Leeeeeeenda, azul com motivos do fundo do mar, cavalos marinhos e conchas.

E Tabhita Juliana?!?!!??!
Esqueci de postar! Um dos maiores perrengues da mudança pra Rua da Aurora foi a pergunta que não queria calar:
"O que faremos do pé de ficus da sala?"
O pé de ficus mora conosco há dez anos (onze, pra ser mais precisa) e nele estão hospedadas Tabhitha Juliana(minha Barbie desconstruída e pós-modernista) e Jhorge Maurício(o bofe-bicha-barbie Max Steel que faz comapnhia a ela)
Decidimos que iríamos plantar o pé de ficus perto de um manguezal da Rua da Aurora. Beleza? Beleza. Então tá certo.
Aí no sabadão de mudança, estou eu lá no apê novo e sobe Rockabillie com o pé de ficus.
Então o pé de ficus já estava no 20º andar....decidimos deixá-lo no haal do 20ª andar. E colocamos lá a Tabhitha acompanhada de seu pretendente-noivo-pseudo gay.
Lá pelas 15h chega o vizinho. Eu lá refestelada na minha poltrona, com a porta aberta e o vizinho impressionado com a minha companhia (só estávamos eu de mulher e seis homens carregando coisas). E ele "nossa, vc angariou uma galera né?!?!?!" e eu "pois é". Aí o maluco olha pra trás e dá de cara com o pé de ficus e Tabhitha e Jhorge dependurados..."e essa 'árvore' é de vocês?"...e eu "É. E esses são a Thabhitha Juliana e Jhorge Maurício"....
Então tá....

Rua da Aurora, aqui estamos nós!!!!!
Ê lelê! E tome trabalho
Well, sexta foi dia de empacotar coisas e dormir cedo. No sábado acordamos cedo, e, pasmem – até as 9:30 tudo estava em cima do caminhão!

Tem amigo safado quem pode...
Primeiro turno da mudança: meu irmão, Bebé, Senhor do teu Anel (STA) e Rockabillie. Playboy chega e eu zarpo pro apartamento pra fazer limpeza. Unem-se a nós Aninha (torta de uma farra que acabou às seis e meia da matina e Buck (tb torto de uma farra). Púshkin tinha ido pra uma apresentação de maracatu e deu o ar da graça por lá por volta do meio-dia. Aliás, ele me salvou porque eu acordei com uma gastrite nervosa pavorosa e ele me fez uma aplicação de Heiki, o que me deu uma aliviada. Bicha Superpoderosa encarregou-se de arrumar todos os livros na estante, o que ficou um show! (A Bicha tem talento pra moda, decoração e arrumação, fazer o quê?)

O povo lá trabalhando à beça e eu quebrada, sem poder tomar a cerveja gelada pra comemorar ou pra enganar aquela marombação nem tão gratuita assim. Bebé por exemplo, passa quase dois meses por ano na minha casa. Nada mais justo que ele trabalhe na mudança, até pra garantir a vaguinha no apto durante o carnaval

Até o meio dia colocamos tudo ensocado e desarrumado lá dentro....canso só de lembrar!

Ê, que o povo finge que é chique mas na hora do almoço...
O galetão e o bloco Maracatu dos Bigodes Brilhantes
Estava no quarto com Púshkin tomando minha aplicação de heiki e quando a sessão termina eu entro na cozinha e me deparo com sete pessoas cansadas e estropiadas devorando três galetos com farinha e farofa de bacon. A cena era de uma plástica indescritível: homens suados sem camisa, Aninha sem sapatos e, à exceção de meu irmão e STA, todos comendo com as mãos, esfomeados....

Pérolas infames disparada por Playboy (que estava a essa altura sem camisa ou sapatos e já tinha me xingado até a sétima geração porque a caixa mais pesada da mudança era a minha caixa de livros)

Playboy: Alguém quer a carcaça? Não? Ótimo! (agora avalie um mauricinho sem camisa, descalço e se esbaldando com carcaça de galeto!)
Playboy (após devorar três carcaças de galeto): O gato vai chegar todo animadinho no lixo do prédio e vai fazer ‘Hum, que gostoso, galetinho assado’. Depois ele vai dizer: ‘Filhos da puta, num tem nada de carne na carcaça!’
Playboy: Ôxi, bom nem é comer com a mão, é a graxa que fica no bigode. Sabe aqueles cafuçus de bigode? Pois é. Os cabras comem galeto e fica aquele bigode brilhante. Taí! Vamos fundar o Maracatu Estrela dos Bigodes Brilhantes!” (parodiando o Maracatu Nação Estrela brilhante, o mais tradicional de Pernambuco)

O cansaço, no final, nos vence a todos (ou não)
STA capotou por volta das 15h. Buck deu uma cochilada rápida porque tínhamos ensaio de percussão de 16 às 18h. Playboy capotou em plena sala antes de partir. Bebé zarpou para Porto de Galinhas pra passar o dia. Rockabillie e Púshkin foram pruma festa de aniversário piscina-maracatu-feijoadão em Aldeia. Aninha foi pra outra festita e eu não dormi. Fui pra aula de percussão, de onde tive que sair mais cedo porque minhas crises de gastrite se agravaram de novo. Raios, raios múltiplos, raios tríplices!

Bebé veio me resgatar do ensaio e voltamos ao apto, onde a safada da Catirina estava esperando com brejas geladas. Fofocamos até umas 21 e fomos jantar no Teppan. Nada me desceu pela goela. Descubro que estou virótica com gripe, como se já não me bastasse a gastrite. A essa altura do campeonato lembro que não como nada desde a sexta à noite....eu mereço, eu mereço....

Ok, pelo menos eu dormi na Rua da Aurora.

Ter vizinhos chiques e famosos dá nisso...
O Fiteiro Guerreiro, definitivamente, é o que há!!!
A Rua da Aurora é conhecida por acolher os pôrra-locas de plantão. Publicitários, jornalistas, músicos e afins. Fato nisso é que a galera da Nação Zumbi mora por aqui e é freqüentadora assídua do Fiteiro Guerreiro, barraquinha celta-highlander aberta quase 24h que vende breja gelada e cigarros malrboro em meio a uma decoração pra lá de polêmica: cédulas antigas, fichas de garrafa, supositório de Itu, figas e mandingas em meio a um porrilhão de penduricalhos...
Well, sábado à tarde eu desço pro ensaio de percussão e, adivinha quem está no fiteiro guerreiro tomando cerveja gelada?!??!
Jorge du Peixe. Acompanhado de Edgar, VJ da MTV (é, fofas, aquele mesmo. L-E-E-E-E-E-E-E-N-D-O de morrrrrrrrrrrer). O puto fazendo uma matéria com Jorge du Peixe no Fiteiro Guerreiro. Se a MTV transformar aquilo em point turístico chique-cult eu processo a emissora!

Catirina, por sua vez, deu de cara com Roger no sábado tb, quando estava chegando (É! O Roger do “cadê Roger, cadê, Roger?” do Chico Science) e eu, em plena segunda-feira de manhã, de saída pro trabalho, topo de cara com Lúcio Maia, o guitarrista da Nação Zumbi e o mais gostoso guitarrista de terras pernambucanas....dilícia!!!!!!

Domingo de visita, Buraco da Otília e batuque...
Quem tem telhado de vidro num taca pedra no tehado dos outros...
Domingo recebemos visitas de Catirina, Penélope e seu maridão, Chuchu. Fomos almoçar no Buraco de Otília, restaurante de comida regional que fica na Rua da Aurora e, segundo reza a lenda, a melhor galinha à cabidela da cidade. Dilícia.
Partimos rumo ao maracatu e, parta a minha surpresa, Playboy, que é pára-quedista, rendeu-se aos encantos da alfaia e batucou, pela primeira vez. Apesar da mão esfolada, disse ele ter gostado. Quero ver agora, chamar minzinha aqui de xangozeira!!!! Quem tem telhado de vidro....

Saldo da mudança:
Tô fudida. Virótica, com gastrite. Mas acordar olhando o Rio Capibaribe, o Oceano atlântico e topar com Lúcio Maia no café-da-manhã é um nojo! Tô feliz feito pinto na merda. Quero agora apenas que esse cansaço passe pra eu curtir minha casinha nova...

sexta-feira, abril 11, 2003

Como assim Show de Yamandu Costa?!?!?!
Não que eu tenha esquecido do show. Esqueci apenas que o show era ontem. Eu lá em casa, empacotando louça pra mudança e toca o telefone:

Púshkin: Estás pronta?
Eu: Pra quê?!?!?!?
Púshkin : É show do Yamandu! Vacilona, troque de roupa que eu já saí de casa!

É pra já né?!?!?! O show foi no Teatro Santa Isabel (teatro mais antigo em funcionamento da América Latina, dessas construções ímpares) e ele, além de tocar uma de minhas músicas preferidas de Capiba, ainda encerrou com uma das Evocações do grande maestro Nelson Ferreira....suspirei o show todo. O rapaz tocou Adiós Nonino, de Piazolla e eu só faltei me rasgar...quem me conhece sabe o quanto eu amo 1) Capiba; 2) Frevo e 3) Piazolla!!!

E o rapaz é possuído pelo demônio...
Completamente. Um moleque. Um menino sensacionalmente talentoso. Ontem tive verdadeira noção do espetáculo que perdi no festival da Serra Negra. Recapitulando: eu e Púshkin pegamos duas horas de estrada para ir e voltar. Chegamos na hora do show do Yamandu e Sa Grama (tocaram juntos), que seria à beira de uma encosta com quase 1km de altura, mas o troço tava tão mal sinalizado que quando a gente finalmente conseguiu encontrar o lugar, uma hora e meia depois, o show já tinha acabado....

Quem não sabe brincar....não brinca!!!
Terminado o show, eu Púshkin e Rockabillie passamos no Dão Manuel, onde Tony Yucatán e Geová da Gaita estavam fazendo uma apresentação praticamente privada (só estávamos nós três no restô, até que Bebé veio se juntar a nós).
Dica: quem não conhece esses músicos tem obrigação de ir ao Pedra de Toque. Pra mim, são dos melhores da cidade.
Púshkin, que normalmente toca alfaia, piano, gaita e violão nos surpreendeu a todos sacando o microfone e disparando uma versão minimalista de “Luisa” com o pianista e Rockabillie tb deu o ar da graça no microfone dedicando pra mim adivinha o quê?!?!?! My Funny Valentine. E na minha versão predileta, à la Chat Baker

E como essa cidade é pequena...
Saímos do Dão Manuel para comer um crepe no Anjo (do Cu) Solto, onde encontramos com Buck e Aninha, que tb tinham ido assistir ao show de Yamandu e pareciam estar em estadod e graça similar ao nosso. Mulé, quanto às broncas, vai passar. É o máximo que posso lhe dizer nesse meu período turbulento-mudança-carrega-piano. Ontem foi o meu primeiro dia de felicidade descompromissada em abril. É uma pena que não estejamos na mesma sintonia....vai passar e a gente vai fazer uma cachaça na minha casa nova...

E não é que eu descobri quem é o doido do vizinho?!?!?!?
No apto ao lado do que eu aluguei tem uma placa na porta estilo 70’s com os dizeres “Visite-nos”. Eu ficava imaginando quem era o vizinho, porque com esse convite deve ser mais doido ainda do que eu.
E não é que eu descobri? Figurinha que estudou comigo na faculdade. Hahahahahaha. Como diria Robertão, o mundo é muito estranho mesmo.

quinta-feira, abril 10, 2003

Tem amigo safado quem pode!
Salve o esquadrão-força-tarefa-caminhão-de-mudanças
Como eu já disse aí em baixo, sábado é dia demudança pra rua da Aurora. Bebé, figura amadíssima de Bsbs se lascou. Chegou de Bsb ontem e só vai embora no domigo, o que faz com que ele faça parte do nosso esquadrão-força-tarefa-caminhão-de-mudanças.
Lá em casa somos eu, o Senhor do teu Anel e meu irmão. Playboy e Rockabillie já confirmaram as presenças, além de Buck, Penélope e Catirina.
Eu tô responsável pela cervejada. Valeu galera!
E como eu mesma diria : "Tem amigo safado quem pode!"

Quem nasce pra rapariga nunca chega à cortesã...
E depois a doida sou eu...

Uma amiga minha liga ontem á noite enquanto eu estou atolada de livros fazendo índice remissivo e lacrando caixas.

Amiga : Mulher, li seu blog agora, liguei pra saber como vc está...
Eu: Cansada, tô no meio do empacotamento das coisas pra mudança e talz...

Aí ela desata a falar de um assunto pessoal. Eu lá, ouvindo e opinando quando solicitada. Daqui a pouco, ela corta:

Amiga: Tu és uma merda!
Eu: Sim, eu sei. Diga-me algo que eu num sei ainda...
Amiga : Eu ligo pra saber de você e fico aqui, falando de mim...

Então tá. Depois a surtada sou eu...

Por que Amigo é um safado...
Empacotando coisas desde as 17h da tarde. Por volta de meia-noite toca o telefone. Diálogo

Amigo: Não resisti. Escute isso! (o fura-olho estava ouvindo uma apresentação de gaita/ piano/ sax)
Eu: o que é?!!! O que é?!??!?!

Ao fundo, uma versão m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a de My Funny Valentine. Quem me conhece sabe o quanto eu AMO essa música.

A propósito: Macaca, querida, eu não fui à festita, mas o Amigo prometeu que o seu CD está garantido, ok?

Rua da Aurora, aí vamos nós!!!!!!
Peguei finalmenteas chaves do apartamento e passei boa parte da noite empacotando minhas tralhas. Mudaremos eu e o Senhor do Teu Anel (STA) nestes sábado e domingo.
Empacotei os livros de STA: 72 itens
Empacotei os meus: 142 itens. Fora 32 que resolvi doar. Fora os que estão emprestados. Fora os que eu repassei. Fora os que eu perdi (e olha que eu nem sei a conta de quantos perdi nasminhas mudanças de cidade).
Êta dinheiro gasto à toa. Quando eu falo que é vício inútil ninguém me acredita.
Empacotei também meus CDs. Foram mais de 160. Nada que se compare á Rockabillie, que tem uma coisa perto dos mil CDs, mas fiquei alegrinha de ver que minha coleção musical não é tão ruim assim. Pode não ser grande em número, mas é de qualidade maluquíssima. De jazz a samba, passando por Arca de Noé e Serge Gainsbourg há de tudo um pouco.

quarta-feira, abril 09, 2003

Socorro, eu quero descer!
Normalmente todas as "mudanças" que ocorreram na minha curta existência foram meio que "a pulso". Estou mudando mais uma vez e, pela primeira vez, por conta própria. O fato me deixa feliz, mas confesso que estou tensa. Conto até dez mas termino roendo e ruminado além do que devia. Estou "eriçada feito um gato maracajá", eu sei que sim, devo descupas à Púshkin (uma já pedida, outra não) e espero contar com a paciência dele (e de todos os meus amigos) ...preciso que me dêem o desconto.
Estou acostumada a resolver as coisas todas por mim mesma e não estou sabendo lidar com esse "compartilhamento de responsabilidades". Eu juro que estou me esforçado ao máximo pra ser mulherzinha, me deixar ser cuidada, mas é difícil...
Well, a parte boa disso tudo é que daqui a duas semanas voltarei a ser uma pessoa normal.
E antes que eu me esqueça: Púshkin, mil e quinhentas desculpas e eu amo você. Muitomuitomuitomuitomuito.
Só para ratificar meus votos de amizade, deixo aqui cópia de cartinha que escrevi pra ele quando ele me deu uma força incrível num processo punk pelo qual eu passei no último ano.

Camarada Púshkin,
Segunda-feira. Começa mais uma semana e eu, travestida de nova mulher, estou parando agora para sentar à máquina e fazer aquilo que faço de melhor: escrever, escrever e escrever.
Esta é a minha maneira muito particular e própria de me fazer entender para o mundo com o qual me relaciono e, vez em quando, lugar de onde preciso fugir para posteriormente me reencontrar aqui, através da literatura.
Esta também é a minha maneira muito particular e própria de agradecer a vc, meu querido e estimado amigo, por absolutamente tudo o que vc fez por mim durante estas sexta à noite e sábado de manhã, quando eu estava naquele “período de chuva”.
Então, apenas para começar, gostaria que vc soubesse que boa parte da minha felicidade de hoje eu devo a vc, Camarada Púshkin que, em vez de simplesmente fugir da minha solidão, soube ir ao meu encontro apenas para me dizer : “Eu tô por aqui caso vc precise de uma mão a ser estendida”. Sem perguntas ou questionamentos que pudessem me fazer falar sobre o que me consumia.
E foi essa sua forma tão gentil e preciosa que me faz ter a certeza de que na vida, devemos agradecer por tudo mesmo; inclusive pelas oportunidades de ficarmos tristes, que é quando descobrimos o quanto somos verdadeiramente amados.
E foi esse carinho, esse afeto, essa atenção que vc dispensou a mim que eu ainda não sei como retribuir. De qualquer maneira e do fundo do meu coração, dizer-lhe apenas “obrigada” seria ainda uma palavra muito pequena para traduzir-lhe o que de fato eu sinto.
Mas sinto-me impelida a dizer-lhe que : se eu fui “salva da chuva” que caiu por sobre a minha cabeça neste final de semana, gostaria que vc soubesse que foi vc, Camarada Púshkin, que me salvou de todas as maneiras que uma pessoa pode ser “salva”.
Provavelmente vc me responderá : “Mas eu fiz por vc o que vc teria feito por mim”. E eu respondo: “É verdade”. Mas eu tb queria que vc soubesse que eu nunca me deixo ser "salva". E foi vc quem teve coragem de me dizer “Menina, eu vou me aproximar mesmo que vc não queira”.
E por ter feito isso, por ter me “vencido” ou me “deixado ser vencida” é que eu digo obrigada. É porque essa nau maravilhosamente desgovernada que se chama “vida” costuma me colocar em posições sempre muito conflitantes, onde normalmente sou eu quem está de pé, com os punhos cerrados, esperando mais outra batalha. Mas é esta mesma guerreira luminosa que é uma menina muito feliz que se sente vez em quando triste e, como está cansada da luta, prefere se recolher.
Obrigada por desrespeitar este meu recolhimento, por passar por cima da minha auto-defesa, por segurar a minha mão e me fazer mais feliz ainda do que eu já sou.
Porque eu, quando crescer, quero ser uma mulher feliz. Mais feliz ainda.
Obrigada por me deixar saber que vc está disposto a me puxar a orelha toda vez que eu precisar esquecer de mim um pouquinho apenas para me reencontrar com o mundo, esse vasto mundo sem esquinas onde eu, vez por outra, me perco.
(...)
Então, por tudo o que aconteceu, obrigada. Por estar lá. Por me deixar sorrir ou chorar. Por fazer parte da minha vida. Obrigada. Mesmo.
Levo um beijo à tua alma.
Sempre tua,
Camarada Púshken.


Saia justa? Tô nem aí!
Ontem tive a primeira grande reunião de trabalho com Raposinha 4.6 depois de passados os fatos. Éramos eu, meus dois chefitchos, uma colega de trabalho, Raposinha e três assistentes dele. Dominei a maior parte da reunião, quando normalemente é meu chefe supremo quem faz as vezes de "brigão" e bate o pau na mesa. Tudo bem, estávamos definindo cifras muito altas (mais do que eu poderia ganhar em 20 anos de trabalho!) e eu levo muito a sério o dinheiro dos outros, principalmente se á público. Não houve qualquer tipo de discussão, eu apenas "conduzi" a reunião de forma muito segura.
Terminados os assuntos "punk", Raposinha teve que se retirar mais cedo. Disparei um "Vc já terminou de gravar meus dois CDs?" (Desculpe Púshkin, eu não resisti....)
O comentário deu origem a uma série de galhofas das funcionárias dele, dizendo que ele era expert em afanar Cds alheios, ao que eu expliqueis que os CDs eram de estimação e "filhos únicos de mãe solteira" porque haviam sido adquiridos em Paris. Esse outro comentário deu origem a uma nova série de galhofas do tipo "caros não são os DCs, caro é a passagem pra comprá-los". Ele, meio que sem graça respondendo que tinha pego emprestado mas que iria me devolver e eu emendei com um "E os dois livros que estão com vc eu comprei em Brasília tá? Também são filhos únicos de mãe solteira..."
Ok, sei que Púshkin vai execrar a minha colocação, mas ele poderia ter me devolvido os CDs e livros há mais tempo, pois sabia o quanto eram importantes emcionalmente falando pra mim.
Via de regra, eu me comportei admiravelmente bem, profissioalmente impecável e teria evitado os comentários caso tivesse tido a oportunidade de falar com ele a sós...mas mereço um desconto porque ele tb pisou na bola comigo.
Sabe do quê? Eu sou gente boa. E tô de saco cheio de ser sempre a parte consciente e madura da estória. Tô cansada de ter que engolir sapo, segurar a onda e fingir que não é comigo.

A título de esclarecimento: os dois CDs são 1) George Brassens (que eu jamais encontrei no Brasil pra vender) e 2) Jacques Brèl (com uma versão leeeeeenda de Ne me quittes pas).
Os dois livos são livros de Antônio Maria, meu escrito preferido, livros que eu jamais achei em recife para vender.
Não sou materialista, mas eu já compro tão pouco CD e livros justamente porque as coisas que eu gosto são difíceis mesmo de achar...

Que me perdoem os corporativistas masculinos por ter levantado uma questão no ambiente de trabalho, mas ele poderia ter evitado a situação. ou seja: eu vacilei porque ele vacilou.

terça-feira, abril 08, 2003

Descobri o mal que me aflige....
Diálogo/ diagnóstico de ontem à noite:

Rockabillie: É, Rainha, vc sofre do mesmo mal de XXXX...
Eu : E qual é?!?!?!
Rockabillie : Literaturice aguda!

Que horror! Será que isso pega?!?!?!?!

Ser uma Vendida-Celta-Highlanderé...
Batucar nas sexta, sábado, domingo, prometer a si mesma que não sairá durante a semana porque não pode (R$$$$) e está cansada demais para isso, passar no supermercado na segunda à noite pra comprar sabão em pó, chegar em casa, tomar banho, colocar a roupa na máquina de lavar, receber um telefonema convidando para um chope...relutar, relutar, relutar...e se vender!!!!!
Onde está o Celta-Highlander?!?!?!
Chegar em casa à meia-noite e ainda estender a roupa que estava dentro da máquina. Vivam as agruras da mulher solteira e desimpedida.
Detalhe sórdido: estou há dois anos sem férias. E devo fazer mudança esse final de semana. Se eu baixar o hospital, aviso. Tô batendo o pino já e já...

A boa filha à casa torna 1
Sair numa segunda-feira à noite com cinco homens maravilhosos. Adentrar o bar lotado tendo a companhia de quatro deles. Seria excitante, se não fosse cômico...Éramos eu, Playboy, Dan the Satan, Rockabillie e o Amigo indo encontrar com Major Alfonse.
Catirina safada que é finalmente me deu o ar da graça e se juntou à nossa mesa do bar, onde por acaso topamos com Buck e uma amiga.
A safada trouxe a cartinha da pseudo-aluna-gay que lhe passou a primeira cantada. Eu ainda não tinha lido a carta, mas mantenho a minha opinião: acho que foi muito mais difícil pra aluna entregar a carta do que para Catirina recebê-la. Evidente que a carta continha arroubos de paixão melosa demais. Mas era uma coisa sutil, algo do qual a menina não pode ser acusada, pois fez questão de deixar tudo nas entrelinhas.
Well, de qualquer maneira, como Catirina recebeu uma promoção no trabalho não precisará mais dar aula naquela turma.

A boa filha à casa torna...2
Infelizmente tive que terminar o Rei do Inverno, de Barnard Cronwell. Comecei a ler Thèrese Desqueyeroux, de François Mauriac, presente de aniversário do Médico Esquizofrênico. Êta livrinho pesadinho, sô! Confesso que poucos livros fazem com que eu pare a leitura e retorne umas duas ou três páginas anteriores pra me certificar que estou entendendo aquilo memso. O problema de Thèrese Desqueyeroux é a forma da narrativa. Contado de trás pra frente e, nesse meio termo, com inúmeros flash backs contados por any pessoas. mas a personagem é de uma consistência ímpar e o autor traz pérolas do gênero como revelar que na hora do gozo é que se conhece a bestialidade do parceiro....enfim, vamos ver o que rola, não tô numa fase boa pra pegar livros pesados assim.

segunda-feira, abril 07, 2003

Papo Surreal:pense numa baixaria!
Eu e um amigo no MSN, cujo nome não vou revelar a pedido do próprio....olha que diálogo baixaria!

Ele: Mas infelizmente tem gente q acha massa dar porrada na cabeca com uma marreta
Eu: Pois é. Que sejam felizes assim. Quanto a mim, tô completamente fora!
Ele: Tem gente q gosta de dar o cu!
Eu: Hahahahahaha.Mas é bommmmmm
Ele: Cada qual com seus cada qual...hahahahahaha
Eu: Pois é
Ele: Disso eu nao sei
Eu: Mas num gosta de comer? Alguém tem que gostar de dar né, filhinho!
Ele: Hahahaha...verdade
Eu: Como diria o ditado "Botar no cu de mamãe, todo mundo quer...dar a papai que é bom, porra nenhuma"
Ele: Pois e. Hahahahahah ...fazia tempo q nao ria tanto na frente do computador

E hoje é dia do jornalista!
E não é que ganhei parabéns de pelo menos uma pessoa que se lembrou disso?
Não sei se há motivos para comemorar...eu não convivo muito com jornalistas porque, via de regra, acho uma classe muito metida a besta. Como diria o ditado: "Médico pensa que é Deus, jornalista tem certeza".
Evidente que, como tudo nessa vida, há exceções. Em bsb eu convivia com vários jornalistas, mas em Bsb a classe está tão próxima aos caras que realmente têm algum poder na mão 9entre eles o presidente) que não têm muito tempo pra brincar de Deus ou dessa coisa que alguns maus colegas têm do "sabe com quem está falando?!?!?!"
Ganhamos mal, não somos uma classe muito querida, mas por enquanto, ainda é o que me satisfaz (e olha que eu sequer queria prestar vestibular pra jornalismo...a vida tem dessas coisas engraçadas...)
Well é isso. E viva o Dia do Jornalista. Eu merecia ganhar um bônus de R$ 500,00 (tô doida atrás de dindin)

Relatório de final de semana...
Homens interessantes e batuque, muito batuque


Sexta à noite o Maracatu teve uma apresentação formada apenas pela ala feminina do grupo. Éramos 22 mulheres fazendo arrastão nas ruas do Recife Antigo e depois a apresentação continuou no Bar Burburinho. Consegui a proeza de estourar três calos na mão na mesma noite.

Após a apresentação bebemos cerveja descompromissdamente. Éramos eu, Buck, Major Alfonsee Rose (os dois últimos aliás, falando de fotografia e arte...credo-cruz).

De lá, fui pra casa de Mr. Sr.G.O , onde tava rolando festita e onde tb encontrei uma figura muito engraçada que havia estudado comigo no segundo grau (e tome tempo) e que conhece Sr.G.Odessa vida de blogueiro....Internet tem dessas coisas esdrúxulas mesmo. E tome coincidência. Foi ótimo, batemos papo até seis da matina, quando tomei um táxi e voltei pra casa imunda, cansada e feliz. Valeu Sr.G.O!

Sábado?
No sábado eu tive minha primeira aula de percussão corporal, que foi uma coisa deveras interessante e consiste em fazer sons com pés, palmas e com a boca. Pra quem acha que é fácil, aviso aos navegantes: não é. Éramos um grupo de seis pessoas (quatro homens e duas mulheres), cada uma batendo um tipo de palma e dizendo algo diferente... “Maracatu/ Maracá” ou “Hum” ou “Ih-ih!” e o outro “maracatu”...todos em ritmos diferentes e batendo palmas diferentes....um evento!

A melhor parte do final de semana: o descaramento do meu mestre!
Tem uma figura interessantéeeeeeeerrima no maracatu que tem dois defeitos:
O primeiro deles é ter 20 aninhos apenas. O segundo, ainda mais grave que o primeiro é: ele é casado!
Sempre achei ele uma coisa moooooooito interessante - apesar de não achá-lo “interessante” pelos atributos físicos que normalmente dariam a qualquer homem a alcunha de homem “interessante”. Ele tem um par de olhos ávidos, ansiosos e escrutinadores, daqueles pares de olhos que desnudam a alma alheia.
Ele é chato. Moooooooito chato. Mas ele pode. É um músico sensacional e; tocando caixa, timbau, alfaia ou qualquer outra coisa é um show à parte. Por estes atributos ele é o mestre do maracatu e aí fica duas vezes mais chato porque é muito exigente e só da “comida de rabo” geral na galera.

Eu prefiro os perversos também! Por que não?
Pois é justamente essa chatice que faz com que eu ache ele um homem interessante. “Eu gosto das pessoas más” como diria Rose.
Well, o caso é que Amigo, Bucke Senhor do Teu Anel já haviam me dito que achavam que ele me dava umas olhadelas, ou me dava atenção demais. Eu não achava isso até porque o maracatu é repleto de mulheres belíssimas. A diferença, entretanto, é que eu tenho moooooita personalidade. Talvez isso faça com que o chatinho olhe pra mim. Ou não, vá entender.
Na aula de sábado, os meninos passaram o tempo todo mangando de mim. Primeiro disseram que eu me manifestava quando tocava alfaia, que incorporava alguma coisa e baixava toda a minha porção xangozeira. Problema maior ainda foi a estória do Timbau. Por uma relação custo-benefício eu comprei um timbau imeeeeeeeenso.
O problema do Timbau é que vc tem que tocá-lo enquanto anda e é salutar lembrar que o instrumento fica no meio das suas pernas. Como o meu timbau é muito grande ele é, por consgeuinte, muito grosso e, pra andar, eu fico parecendo uma mistura de "pato com menino cagado" (Vê que cena bonita!) porque as minhas pernas ficam muito abertas. Associe-se a isso o fato de que minhas pernas não ajudam porque são bem grossas.

Brincadeirinhas que rolaram:
“É. Mas se você não tem problemas com algo grande e roliço no meio das pernas....”
“Mas as suas pernas também não ajudam né?”

Bom, o fato é que depois da aula roloou uma breja gelada básica e o mestre disparou o seguinte texto:
“Mas se vc for tocar timbau no carnaval com essa sainha....”
Eu estava com um vestidinho branco transparente que era na medida: nem curto ou longo demais. Continua o Mestre:
“Ninguém vai entender porque vai estar cheio de homem atrás do maracatu”
Para encerrar o assunto eu disse “vou considerar isso como um elogio”. E o mestre levantou-se da mesa pra pegar a alfaia do Senhor do Teu Anel (que ficou leeeeeeeeeenda de morrer! Ele tá feliz feito pinto na merda!).

Homens nem sempre são tão corporativistas assim...
Quando mestre se levanta da mesa, o companheiro dele que estava lá dispara uma pérola.
Ele : Fulaninho tá o maior descarado hj
Eu: Num se preocupe não que eu ainda não como homens casados
Ele : Eu estou dizendo que ele está descarado hoje porque disse assim, na lata. Mas você sabe que os comentários já são recorrentes há muito tempo né?
Eu : Hummmmmmm, lead da matéria no final da notícia é foda né?

Ganhei o sábado.

Acredito que o companheiro só entregou o mestre com a permissão do próprio. Homens não se 'entregam de bandeja' assim, tão à tôa

Domingo de batuque de novo
Antes do ensaio : almoço no Papaya Verde e o anti-americanismo instalado (eles não vendem coca-cola e distribuem manifestos anti-guerra aos clientes). Após o ensaio de maracatu fomos tomar a boa e velha breja no Anjo do Cu Solto. Rockabillie, lindo e perfeito, me deu o CD da Arca de Noé (eu tinha, mas dei de presente no aniversário de um aninho do filho de uma amiga) e voltei pra casa com o Amigo, que passou o final de semana num curso. Presenças registradas de Dan, The Satan (que se entupiu de pitombas), Gomex, Rose e uma amiga.

sexta-feira, abril 04, 2003

Como assim Tabhitha Juliana vai casar?!?!?!
Jamais de ma vie!!!!!!!
Púshkin me traz mimo de sua última viagem a São Paulo. Adivinha o quê? Segue papo surreal:

Ele : Eu trouxe um presente pra vc. Na verdade, para Tabhitha Juliana - Sim, tabhitha Juliana, a minha Barbie punk-junk-hard-core...
Eu: O que é?!?!?! Um Ken? Eu não acredito
Ele : Não, eu comprei o Ken e, quando saí da loja, achei que vc ia gostar mais de um cafuçu...
Eu: Como assim?

Pois é. Ele me traz um Max Steel, um protótipo de cafuçu moooooooooito melhor do que o Ken. Max Steel tem uma barriguinha tanquinho (tanque de lavar roupa), uma tatoo prateada no braço esquerdo, e olhos azuis.
Vá lá, num merece a alcunha de cafuçu, mas de cafuçu light ou "cafula", como chamamos os cafuçus que dá pra beijar na boca.

Segue resto do papo:
Ele: Ela vai ficar feliz.
Eu: Nananinanão. Ela não pode ficar mal-acostumada. Vou colocar ele sem roupinha pendurado no pé de ficus (Tabhitha mora no pé de ficus da sala) a um palmo de distância dela, que só vai poder olhá-lo, ter vontade de comê-lo e neca de pitibiriba!
Ele : Que ruindade...

Agora, cá entre nós, um homem marombado desse tanto com uma tatuagem prateada e que ostenta uma arma parece mais uma Bicha Barbie (traduzindo: Bicha Barbie no linguajar gay são exatamente os homossexuais marombadérrimos que sonham em comer o Falcon!).

Enquete do dia: Qual o nome que eu devo dar ao marido de Tabhitha Juliana?!?!?!
Aceitamos sugestões! Escrevam putada!

quinta-feira, abril 03, 2003

Quanto mais eu rezo...
Adivinha quem me liga ontem?
Médico Esquizofrênico
Acho que ele está cada vez pior. Ontem veio com um papo estranho sobre se eu estava querendo falar com ele (não). "Estranho, achei que vc tinha ligado para mim (só se for o meu espectro, cara-pálida). "Você está aonde?" (num bar e de saída para jantar com Rockabillie). Tá, falo com vc com mais calma. (Então tá. Tchau e bênção).
E ainda me chama de "meu amor".
Pra me enlouquecer é mais caro! É cada uma que me aparece. Humpf!

Como assim "síndrome das três comidinhas"?!?!?!?!
A parte ruim de conviver com muitos homens é ter que reconhecer que eles pensam de maneira muito diferente das mulheres. Mesmo. Ontem estávamos eu, Major Alfonse e Rockabillie comentando sobre porque os homens somem depois do segundo encontro. É a síndrome das trepadas. O cara te come a primeira vez. Se gosta, marca uma segunda saída. E some. Ele não marca a terceira porque já rola conotação de envolvimento. Por isso, somem.
Homem é tudo palhaço. Só muda de endereço. Custa dizer "filhinha, então tá combinado: é tudo somente sexo e amizade".
Ficava mais simples e mais claro. E a gente se estrepava menos.

A noite das degustações esquisitas...
Da codorna ao escargot
Ontem foi aniversário de Marido, que não se trata do meu marido, mas do esposo de uma amiga nossa que atende pela alcunha de Marido. Saímos do trabalho e fomos a um botequinho de calçada no Engenho do Meio comer codorninhas assadas.
Eu nunca tinha comido uma bichinha dessas e até achei muitcho lôco quando Fifi (minha amiga e esposa de marido) revela que não come coelho porque tem pena do bichinho...e da codorninha, num tem não?!?!?!? Eu heim!
Major Alfonse, que está na cidade, foi se encontrar no bar comigo e de lá partimos juntos rumo ao Nassau, restaurante charmosérrimo em Olinda, onde nos encontraríamos com Rockabillie.
Ok, vamos à segunda parte da desgustação de coisas estranhas: escargots.
Eu normalmente não tenho frescura pra comer não. As únicas coisas às quais faço restrição são buchada de bode e fígado. As duas pelo mesmo motivo: não gosto do cheiro, fuco enjoada. Já provei as duas coisas tb, mas não gostei. Gosto de foie gras (fígado de ganso), mas fígado normal eu acho um horror.
Sobre os escargots? Achei interessante, mas acho que parte do mesmo princípio que ostra: é uma textura completamente inusitada e que não convence muito. No caso do escargot, a textura é compensada por manteiga, alho e ervas. E com manteiga, alho e ervas não tem como ser ruim, sabe? É feito ostra: fica fácil de botar pra dentro qualquer coisa que leve limão, sal e azeite.
Well, eu gostei. Só o charme do instrumento pra comer o escargot já vale a pinta básica. Imaginei-me a própria Julia Roberts no filme "Uma linda Mulher". Eu, pelo menos, não dei vexame.

quarta-feira, abril 02, 2003

E vivam as perversas, que elas é que são felizes!
Eu num disse que homem gosta de ser espinafrado?

Delivery Guy aparece pra outra visitinha no trabalho. Além de confirmar que vai fazer parte da força-tarefa-batalhão-de-mudança (Senhor do Teu Anel vai a-d-o-r-a-r esta notícia) adivinha o que o bofe me deu de presente?
Um bolseta leeeeeeeeeenda de morrer daquelas toilettes, com alças redondas de mão feitas de bambu...handmade e pintadinha pela mâmi do rapaz. Hahahahaha.

E pra quem acha que eu não sou normal...
Já fui questionada mais de uma vez sobre as minhas preferências. Eu vivo falando em literatura, filmes interessantes, músicas ortodoxas, jazz e afins...
Pois deixa eu contar um segredinho que pode chocar quem me lê e não me conhece: eu assisto a "Betty, a Feia"
Esse é um hábito que cultivo desde a Universidade de jornalismo: Teledramaturgia Latina.
Betty não é novela mexicana, mas eu assisti à trilogia completa das "Marias" (Maria do Bairro, Maria Mercedez e Marimar). Comecei a me interessar quando pagava uma cadeira chamada "Teoria da Comunicação" e enveredei por dois campos completamente distintos e polêmicos: novelas mexicanas e indústria pornográfica.
Isso mesmo. Fiz um trabalho - com apresentação oral, diga-se de passagem - que me rendeu um 9,5 sobre indústria pornográfica. Sim, sou assumidamente uma mulher que gosta de filme pornô e gostaria inclusive de assistir a mais deles. Infelizmente assisto apenas a uns dois ou três por ano, mas qualquer mulher ou Biba Amiga que já tenha assistido à performance de Rocco Siffredi (pop star internacional de filmes pornô) vai saber que o troço pode ser, inclusive, didático. E que Rocco é tudibom. O Senhor do teu Anel já me fez assitir a dois filmes pornôs gay, mas confesso que achei as produções muito chinfrins. Prefiro as superproduções pornô hetero, por mais que as mulheres sejam todas cópias fiéis dos seios siliconados da Barbie.

Pronto. Marcelo Belchior (http://www.mmbelchior.blogger.com.br) vai a-d-o-r-a-r esse post.
Gosto de coisas que me divirtam, na verdade. Catirina diz que sou radical pq não suporto Axé Bunda. Ela se diverte se esgoelando atrás do trio elétrico por Netinho. Eu não. Eu gosto de whisky e de homem. Senhor do Teu Anel também gosta de homem. Meu irmão gosta de mulher e cada qual com suas preferências. E assim vamos vivendo.

Podia ser pior. Eu podia gostar da eguinha pocotó! Bicha Superpoderosagosta de Calypso, uma banda de brega que eu, particularmente, acho um horror. Mas se tem uma coisa que eu adoro nesse Brasilsão de meu Deus é essa infinidade de possibilidades de divertimento. A única coisa que eu desaprovo é obrigar quem quer que seja a ser catequizado em preferências alheias. Quem ouve música alta, por exemplo. Pode ser Mozart, mas acho um desrespeito. Morte aos agroboys e seus sistemas de som potentes quando eles abrem a mala do carro e obrigam todo mundo na rua a ouvir Xitãozinho e Xororó. Credo Cruz!

Pra quem ficou curioso, Betty é uma moça feia, porém inteligente que mascara os balanços da empresa pra beneficiar o patrão, por quem é apaixonada. E mesmo fazendo coisas ilegais, era uma personagem muito popular no país de origem da novela. Li sobre isso na Veja e, meses depois, quando a novela começou a ser veiculada no Brasil, fui conferir.

E olha que louco! Imaginar a heroína como uma pessoa com atributos físicos nada propícios, porém uma pessoa muito esperta e que tem aprovação do público para fazer uma coisa ilícita justificada por um "ato de amor"...

Credo cruz. E depois o povo malha o pobre do Dr. Roberto Marinho com a dramaturgia da novela das 21h...Cada sociedade com seus valores culturais...

E como anda Tabhitha Juliana?!?!?!
Tabhitha Juliana (a minha Barbie que vive dependurada de ponta-cabeça no pé de ficus da sala) cortou os pulsos.
pintamos as raízes do cabelo dela de preto. Fizemos duas tatuagens nela (uma de âncora no braço esquerdo e outra no pé), pintamos uma sombrancelha e-n-o-r-m-e (daquelas que se juntam entre os olhos), buço, pintamos olheiras, os olhos de preto...
Tá uma coisa fofa! Quase virando gente!

Tu num sabes que eu sou ruim?
E o cabelo ajuda!

Delivery Guy veio me fazer visitinha ontem....homem gosta de ser espezinhado. pelo menos é a conclusão à qual cheguei deois de ter dado tanta ré no rapaz. Tava manso como uma garça!

terça-feira, abril 01, 2003

Quanto mais eu rezo...
Mais assombração me aparece!
Esqueci de blogar aqui que o Médico Esquizofrênico (ME) me ligou na última semana. Disse a ele que tinha uma cartinha para entregar e jacaré apareceu pra apanhar? Nem o ME. Segundo o Senhor do Teu Anel, ele deve estar adivinhando que se trata de uma carta de despedida e está adiando o "degolamento"...
Aí, Delivery Guy tb tinha me ligado na semana passada. É muita cara de pau. Antes do meu rolo começar com Raposinha 4.6. Eu até tinha marcado uma saída com ele mas o pélasaco, pra variar, tinha me dado o cano. Como eu num sou mulherzinha de me fazer ficar plantada, passei a não retornar as ligações dele até que ontem o canalhinha me ligou e eu resolvi responder.
Bom, o fato é que o fulano veio me visitar hj aqui no trabalho e disse que vai me ajudar na mudança (sim, eu e STA pretendemos nos mudarmos ainda em abril)....
Hahahahaha, STA diz que eu aceite, pois quer dar um "confere" no material do rapaz. É mole?
Well, ontem de noite tb teve ligação de Raposinha 4.6, mas confesso que me estressei além do que devia...deixa quieto.
Enfim, quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece!

E-mail fofo de Emílio...
Emílio é leitor deste cafofo que dá o ar de sua graça mesmo morando pelas bandas de Bsb.
Recebo e-mail carinhosíssimo dele hoje com uma crônica do Prata (Mário Prata) que se chama "A Máquina da Canabrava". A crônica é uma delícia e refere-se à descoberta de dois adolescentes.
Segue trecho sensacional da crônica

"- Deixa que eu falo: é assim, é uma máquina, tipo um... teclado de computador, sabe só o teclado? Só o lugar que escreve?
- Sei.
- Então. Essa máquina tem assim, tipo... uma impressora, ligada nesse teclado, mas assim, ligada direto. Sem fio. Bem, a gente vai, digita, digita...
Ela ia se animando, os olhos brilhando.
- ... e a máquina imprime direto na folha de papel que a gente coloca ali mesmo! É muuuito legal! Direto, na mesma hora, eu juro!
Eu não sabia o que falar. Eu ju-ro que não sabia o que falar diante de uma explicação dessas, de menina de 12 anos, sobre uma máquina de escrever. Era isso mesmo?

- ... entendeu mãe?... zupt, a gente escreve e imprime, a gente até vê a impressão tipo na hora, e não precisa essa coisa chata de entrar no computador, ligar, esperar hóóóras, entrar no word, de escrever olhando na tela, mandar para a impressora, esse monte de máquina, de ter que ter até estabilizador, comprar cartucho caro, de nada, mãe! É muuuito legal, e nem precisa de colocar na tomada! Funciona sem energia e escreve direto na folha da impressora!
- Nossa, filha...
- ... só tem duas coisas: não dá para trocar a fonte nem aumentar a letra, mas não tem problema. Vem, que a gente vai te mostrar. Vem...
Eu parei e olhei, pasma, a máquina velha. Eles davam pulinhos de alegria.
- Mãe. Será que alguém da família vai querer? Hein? Ah, a gente vai ficar torcendo, torcendo para ninguém querer para a gente poder levar lá para casa, isso é o máximo! O máximo!"


Lembrei-me da senhora minha mãe. Ela, parecendo adivinhar o futuro, comprou uma Remington em 1978 para mim e pro meu irmão. Acho que minha mãe era uma coisa assim: meio louca, meio visionária. Em 1978 eu só tinha 2 aninhos e o meu irmão, 4. Era uma máquina de datilografar semi portátil, pesada, de chumbo e pintada de verde musgo meio exército. Lembro-me que uma de minhas brincadeiras preferidas de infância era brincar de escrever àquela máquina. Nela fiz todos os meus trabalhos do colégio militar e do segundo grau também. Ela testemunhou poemas de pé-quebrado, crônicas azedas, cartas abandonadas....
Abandonei a coitada quando ingressei na faculdade de jornalismo quando, finalmente, comprei uma máquina elétrica (que eu já sabia manusear quando passei um tempo como secretária aos 14/ 15 anos).
Minha Remington (a essa altura já era minha, pois meu irmão jamais se afeiçoou a ela - ao contrário de mim, que sempre a-d-o-r-e-i derramas palavras vãs por sobre folha de papel qualquer) foi generosamente doada a uma vizinha...

Emílio, prezado, você realmente não faz idéia das cócegas que você promoveu no meu coração com essa crônica. A crônica da descoberta de crianças por um objeto que me foi tão querido e que me acompanhou por longos 15 anos...eu entendo o que eles sentiram.

Saudades da minha Remington. Saudades da minha mãe. E viva a literatura e todos os seus conceitos associados.
A vida é assim, engraçada. Vive dando pequenos sinais à nossa volta. Emílio me mandou um texto que - imagino - não saberia o que me causaria.
Valeu amigo. Eu estava precisando sentir essa "presença", esses pequenos sinais ...