Saia justa? Tô nem aí!
Ontem tive a primeira grande reunião de trabalho com Raposinha 4.6 depois de passados os fatos. Éramos eu, meus dois chefitchos, uma colega de trabalho, Raposinha e três assistentes dele. Dominei a maior parte da reunião, quando normalemente é meu chefe supremo quem faz as vezes de "brigão" e bate o pau na mesa. Tudo bem, estávamos definindo cifras muito altas (mais do que eu poderia ganhar em 20 anos de trabalho!) e eu levo muito a sério o dinheiro dos outros, principalmente se á público. Não houve qualquer tipo de discussão, eu apenas "conduzi" a reunião de forma muito segura.
Terminados os assuntos "punk", Raposinha teve que se retirar mais cedo. Disparei um "Vc já terminou de gravar meus dois CDs?" (Desculpe Púshkin, eu não resisti....)
O comentário deu origem a uma série de galhofas das funcionárias dele, dizendo que ele era expert em afanar Cds alheios, ao que eu expliqueis que os CDs eram de estimação e "filhos únicos de mãe solteira" porque haviam sido adquiridos em Paris. Esse outro comentário deu origem a uma nova série de galhofas do tipo "caros não são os DCs, caro é a passagem pra comprá-los". Ele, meio que sem graça respondendo que tinha pego emprestado mas que iria me devolver e eu emendei com um "E os dois livros que estão com vc eu comprei em Brasília tá? Também são filhos únicos de mãe solteira..."
Ok, sei que Púshkin vai execrar a minha colocação, mas ele poderia ter me devolvido os CDs e livros há mais tempo, pois sabia o quanto eram importantes emcionalmente falando pra mim.
Via de regra, eu me comportei admiravelmente bem, profissioalmente impecável e teria evitado os comentários caso tivesse tido a oportunidade de falar com ele a sós...mas mereço um desconto porque ele tb pisou na bola comigo.
Sabe do quê? Eu sou gente boa. E tô de saco cheio de ser sempre a parte consciente e madura da estória. Tô cansada de ter que engolir sapo, segurar a onda e fingir que não é comigo.
A título de esclarecimento: os dois CDs são 1) George Brassens (que eu jamais encontrei no Brasil pra vender) e 2) Jacques Brèl (com uma versão leeeeeenda de Ne me quittes pas).
Os dois livos são livros de Antônio Maria, meu escrito preferido, livros que eu jamais achei em recife para vender.
Não sou materialista, mas eu já compro tão pouco CD e livros justamente porque as coisas que eu gosto são difíceis mesmo de achar...
Que me perdoem os corporativistas masculinos por ter levantado uma questão no ambiente de trabalho, mas ele poderia ter evitado a situação. ou seja: eu vacilei porque ele vacilou.
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