Pra Me Enlouquecer É Mais Caro

República Anárquico-frevocrática fundada em 2002 por Rainha do Maracatu Roubada de Ouro, Senhor do teu Anel e Catirina Sem Mateus. Atualmente é administrada pela Mulherzinha 3.4 e a Rainha do Maracatu Roubada de Ouro. Afinal de contas, nunca perdemos a nossa majestade

quarta-feira, setembro 29, 2010

Foco!

Ok, vamos procurar o foco. Preciso me fixar em estudar.

Assopra, assopra...

Se assoprar, passa? Te confesso que mesmo tendo os melhores amigos do mundo, não ter família imediata com quem contar em Recife é uma barra. Por mais que eu chegue em casa e tenha dois cães amorosos à espera, é punk não poder correr pra cama da minha mãe quando eu tenho pesadelos...

Dieta pra quê?

Quem tem o meu sistema nervoso, definitivamente, não precisa. Voltei a me liquefazer hoje. Isso é que dá me respeitar e não dar os "2 beijinhos + abraço" em quem mente pra mim. E era pra eu fazer o quê?

Eu poderia ter sido mais educada

Mas simplesmente não consegui. Como eu ainda não aprendi a compactuar com a mentira, não consigo fingir que está tudo bem e dar 2 beijinhos + abraço em pessoas que não confio. Quisera eu um dia aprender.

Perguntas de vestibular e dever de casa...

Tarefinhas passadas pelo terapeuta pra discutir na próxima sessão:

Minha integração biológica, fisiológica e emocional
Minha percepção como mulher, minhas próprias limitações e preconceitos
Meu sentimento de bem querer por mim mesma
Os motivos que me levam a ser dependente de nicotina.

Taquiuparêo. Pense numa tarefa difícil. Tô já achando que vou retornar com sessões semanais (ai se tivesse dinheiro) em vez de encontros quinzenais.

terça-feira, setembro 28, 2010

Curioso isso...

Durante todo o tempo em que estive acompanhada minha verve pachorrenta sumiu. Ando escrevendo alucinadamente estes dias. E coisas que acho engraçadas ou pelo menos perspicazes, tô conseguindo fazer galhofa da vida, rir de mim mesma...acho que preciso discutir isso com o terapeuta, né?

Falando nisso, acabei de digitar mais um textículo, que deixo abaixo


Sobre o Hipopocaré e a próxima encarnação
Não importa qual manequim você deseje usar nessa vida. Tirando as moçoilas que nasceram com a sorte de ter entrado na fila do metabolismo rápido duas vezes, você vai passar o resto dos seus dias fazendo contas matemáticas que exigem praticamente uma calculadora financeira e a fórmula – que parece simples – na verdade não é. Trata-se gastar mais calorias do que se consome ao longo do dia.

Eu - pessoa que tenta ser disciplinada e vive em eterna guerra com minha amiga balança – me lasco. Venho andando pro trabalho. Faço o mesmo percurso de volta (dá mais ou menos coisa de 2km a 2,5 km em cada trecho) e inda levo os cães pra dar um rolé quando chego em casa.

Se eu fechar a boca consigo emagrecer. Se não, a queima calórica mal dá pra eu não assumir a minha porção Hipopocaré, o Rei da Galhofa. Não entrei na fila do metabolismo rápido. E ainda resolvi ser jornalista. Na próxima encarnação saberei fazer pedidos melhores, pois quero ter problemas novos. Portanto decidi que, se nascer de novo, quero ser linda, loira, rica e muito burra. E jornalista jamais, faz favor!

E aí a gente ainda sofre com os espíritos de porco. Aquelas criaturas que te azucrinam, normalmente seus amigos, que nunca te chamam pra beber leite, malhar ou comer uma salada no self-service light da esquina. 

Dia desses aqui na empresa teve festinha de aniversário. Bolo crocante, coxinha, refrigerante, pastel de festa. Aí você pensa: Ah, mas só uma fatiazinha de nada...faz a conta aí: andar com os cães por 30 minutos te consome 150 calorias. Andar normalmente, sem ser acelerado, por meia hora, consomem outras 156.

Até aí tá lindo. Mas sabe quanto é a josta da fatia de bolo? Uma inocente fatia de bolo de cenoura com cobertura são 371 calorias. Significa que você, que pega o seu carrinho pra ir pro trabalho se danou, sequer vai ter a chance de queimar a fatia de bolo se não estiver matriculado em uma academia.

Eu, de minha parte, odeio academia. Sempre acho que as pessoas estão lá pelos motivos errados – estética e não saúde. No centrão, há algumas ‘cafuçulândias’ ao custo de R$ 30,00 ou R$ 40,00 mensais e onde a gente não corre o risco de topar com aquelas anoréxicas loiras bem cuidadas, mas em compensação fica tendo que dividir esteira com o povo da testosterona pura: os cafuçus que fazem halterofilismo.

O que me resta – e me deixa feliz – são as caminhadas e voltinhas de bike ao ar livre. Há poucas cidades cujos centros históricos sejam tão inspiradores quanto o do Recife, que também é uma cidade bastante arborizada. Mas, falando sério? Na próxima encarnação vou procurar a fila das loiras, lindas, ricas e burras. 

Ah, e com o metabolismo velocidade 10M, que é pra viver de comer picanha e tomar cerveja. E jornalista de novo não, ok? Já deu o que tinha que dar!

IBGE, diz que me ama!

Mais um censo no qual eu não fui ouvida. Desta vez eu até me animei quando li reportagens que diziam que as casas iriam ser visitadas aos finais de semana justamente porque o perfil dos brasileirinhos tinha mudado: cada vez menos pessoas em casa e sim no trabalho.
Ledo engano. Até agora o IBGE diz que já entrevistou 80% da população e eu não estou na conta. Não que ser entrevistada pelo IBGE seja a minha máxima tara de consumo nessa vida, mas caso você aí não saiba, é justamente o Censo do IBGE que define políticas públicas para a nação.
E eu com isso? Eu tenho tudo a ver com isso. Tenho 34 anos, sou jornalista, solteira, moramos só eu e dois cães e minha renda não dá pra comprar uma casa própria justamente porque resolvi ser jornalista.  Não sou de Recife, o que me inclui no rol dos ‘migrantes’, meu irmão mora na China, meu pai no Rio Grande do Norte e minha mãe é falecida.
Achou pouco? Tenho Internet Wireless e consumo TV a cabo e plano de saúde privado, mas moro numa casa de 1939 em Santo Amaro (alugada) que só tem um banheiro, apesar de ter um quintal e um jardim de inverno maravilhosos (meu jardim de inverno tem chuveirón, tá? Desculpaê!). Não tive filhos (ainda).
Optei por não dirigir, portanto não tenho carro e faço tudo o que posso a pé, quando não de ônibus ou táxi e acho o serviço de transporte público (já que moro no centro), uma beleza! Nada a reclamar, sério. Bebo água mineral, não compro leite, não tenho opinião formada sobre alimentos transgênicos e não faço compras em hipermercados que de ‘Bom Preço’ só tem o nome ou slogan.
Quando faço reuniões caseiras, prefiro comprar cervejas de garrafa do que em lata, prefiro carne branca a vermelha, exercícios ao ar livre e acho o Parque 13 de Maio a área verde mais bela da cidade, porém mal-tratada. Prefiro ir ao Bairro de São José do que a um shopping asséptico qualquer, tenho horror a gente arrogante e/ ou dissimulada (não que isso seja relevante para o IBGE, mas pra mim faz toda a diferença do mundo).
Vamos convir que sou uma pessoa fora das estatísticas oficiais. Queria muito que alguém me ouvisse e soubesse que há nesse mundão perdido Brasil afora gente que vive fora dos parâmetros. De qualquer um deles. E seria muito bom pensar que seríamos ouvidos todos e lembrados de vez em quando não só como gente que paga as contas da nação, mas que tenta fazer dela um lugar melhor pra viver. Então, IBGE, please say you love me!

Ai, ai...

Coisas se encaixando, dia de faxina em mi casa com Mazé, a melhor 'arrumadeira' que eu já conheci na vida. Além de tudo, é super carinhosa e atenciosa, gosta de fumar cigarros de filtro branco e tomar um cafezinho (ela briga horrores comigo porque SEMPRE esqueço de comprar café e açúcar. Não tomo café ou como açúcar, o que ela esperava?!). Dessa vez fui uma boa moça, comprei um pacote de café e outro de açúcar...mas esqueci o sabão em pó. Ela, Mulher Celta igual a mim, foi lá e comprou. Depois eu a ressarcirei. Fala se Mazé não é um luxo?

Aproveitei pra dar a ela todos os vestidos, saias e calças que não quero mais usar ou com os quais não quero mais contato. Preciso renovar as energias e passar as roupas adiante é uma maneira bacana de fazer isso porque vc se desvincula da energia delas, que passam a ter uma energia ótima pra quem as está usando pela primeira vez.

Mazé tá comigo há sete anos ou mais. Tem a cópia da chave da minha casa e conviver com ela é uma bênção. Eu sempre me divirto. Mulezinha porreta, sô!

Por que eu me ufano da Eliane Brum

Texto publicado ontem, na Época on Line

"Nada é só bom"
A felicidade pode ser uma mercadoria ordinária, vendida e não entregue

Ao assistir ao novo filme de Arnaldo Jabor, “A Suprema Felicidade”, fiquei desesperada porque não tinha uma caneta e um bloquinho. Eu nunca ando sem uma caneta e um bloquinho. Mas assisti ao filme na abertura do Festival de Cinema do Rio, na quinta-feira (23/9), vestida para festa e com uma daquelas bolsas ridículas onde mal cabem o batom e o dinheiro do táxi. Um problema quando ouvimos uma frase realmente ótima e tudo o que encontramos para retê-la é um bastão com algum nome bizarro como “beijo fatal”. Tive de apelar para a minha péssima memória porque há no filme algumas frases imperdíveis. Daquele tipo essencial, tão boas que parecem simples e até óbvias e você quer morrer por nunca tê-las escrito. Estas frases unem as memórias do cineasta, que vão emergindo no filme do mesmo modo que as lembramos na vida – sem linearidade e só aparentemente descosturadas. Fiquei repetindo-as durante toda a sessão para mim mesma. Consegui que sobrevivessem razoavelmente ilesas. E a primeira delas é a do título desta coluna: “Nada é só bom”.
Virou meu mantra desde então. Vejo tanta gente sofrendo por aí, achando que sua vida está aquém do que deveria ser, porque tudo deveria ser só bom. Não sei quando nos enfiaram garganta abaixo esta ideia absurda de um estado de felicidade absoluta. Uma espécie de nirvana a ser alcançado em que nada mais nos perturbaria e que seríamos felizes para sempre. Na verdade, só há um jeito de isso acontecer: podemos ser felizes e mortos. Porque este estado imperturbável, imune à vida, só se alcança na morte.
Acho que a grande causa atual de infelicidade é a exigência da felicidade. É o deslocamento do lugar da felicidade para o centro da vida, como um fim a ser alcançado e a medida de uma existência que valha a pena. Se nos lembrarmos bem dos contos de fadas, o “e foram felizes para sempre” era exatamente o fim da história. Era quando o conto morria num ponto final porque não havia mais nada relevante para ser contado. Tudo o que interessava, o que nos hipnotizava e nos mantinha pedindo a nossos pais ou à professora ou a nós mesmos “de novo, conta de novo”, era o que vinha antes. O desejo, as turbulências, os avanços e recuos, os tropeços e os arrependimentos, os erros, o frio na barriga, a busca. Tudo aquilo que é a matéria da vida de todos. O que realmente importa.
Acho impressionante a quantidade de adultos pedindo um final feliz para as suas vidas, para suas histórias de amor, para o sucesso profissional. Não há nenhum mistério no final. Independentemente do que cada um acredita, o fato é que no final a vida como cada um a conhece acaba. Para viver, o que nos interessa não são os pontos finais, mas as vírgulas. Os acontecimentos do meio, o enredo entre o primeiro parágrafo e o último.
Escrevo pequenas histórias de ficção em um site de crônicas e alguns leitores se manifestam, por comentários ou por email, reclamando do desfecho. Eles me ensinam sobre esta exigência da felicidade por toda parte. Pedem, com todas as letras, “um final feliz”. Sentem-se traídos porque não dou isso a eles. Mas voltam na semana seguinte para se perturbarem com o desfecho do novo conto e reclamar mais uma vez. São adultos pedindo histórias da carochinha. E consumidores bem treinados para achar que tudo é produto de consumo.
Acham que ofereço a eles cachorro-quente. Por favor, um pouco mais de mostarda, duas salsichas, menos pimenta no molho. É muito interessante. Mas, de algum modo, algo nos meus “finais infelizes” os engata. Porque, em vez de me deixar para lá e ler algo mais “feliz”, voltam por alguma razão. Talvez descobrir se me rendi a tal da felicidade.
A ideia de felicidade como um fim em si mesmo encobre e desbota tanto a delicadeza quanto a grandeza do que vivemos hoje, faz com que olhemos para nossas pequenas conquistas, nossos amores nem sempre tão grandiloquentes, nosso trabalho às vezes chato, como se fosse pouco. Apenas porque nem a conquista nem o amor nem o trabalho é só bom. E há uma crença coletiva e alimentada pelo mundo do consumo afirmando que tudo deveria ser só bom. E se não é só bom é porque fracassamos.
Deixamos então de enxergar a beleza de nosso amor imperfeito, de nossa família imperfeita, de nosso trabalho imperfeito, de nosso corpo imperfeito, de nossos dentes imperfeitos e até de nossas taxas de colesterol imperfeitas. De nossos dias imperfeitos. Escolher como olhamos para nossa vida é um ato profundo de liberdade que temos descartado em troca de propaganda enganosa.
Tanta gente se esquece de viver o que está aí em troca desta mercadoria ordinária chamada de felicidade. Que, como toda mercadoria, tem essência de fumaça. Se tivesse de escolher entre esta felicidade de plástico que vendem por aí e a infelicidade, preferiria ser infeliz. Pelo menos, a infelicidade me faz buscar. E a felicidade absoluta é mortífera, ela mata o tempo presente.
Não tenho nenhum interesse por esta pergunta corriqueira: “Você é feliz?”. Acho uma questão irrelevante. O que me interessa perguntar a mim mesma – e pergunto a todos a quem entrevisto é: “Você deseja?”
Saiba mais 
 
Desejar é o contato permanente com o buraco, com a falta, com a impossibilidade de ser completo. Desejar é o que une o homem à sua vida. Une pela falta. Tem mais a ver com um estado permanente de insatisfação. Não a insatisfação que paralisa, aquela causada pela impossibilidade da felicidade absoluta; mas a insatisfação que nos coloca em movimento, carregando tudo o que somos numa busca permanente de sentido. Desejar é estar sempre no caminho, conscientes de que o fim não importa. O fim já está dado, o resto tudo é possibilidade.
No filme de Arnaldo Jabor, as melhores frases são de Noel, avô do personagem principal, vivido pelo enorme Marco Nanini. Numa ocasião ele diz ao neto: “Ninguém é feliz. Com sorte, a gente é alegre”. E completa: “A vida gosta de quem gosta dela”. Achei de uma simplicidade brilhante. É isso, afinal. É claro que há uns poucos momentos de felicidade, mas, como diz Noel em seguida, eles duram no máximo uns 10 minutos e se vão para sempre.
Em vez de ficar perdendo tempo com finais felizes ou se perguntando sobre a felicidade ou invejando a suposta felicidade do vizinho ou se sentindo mal porque não é um personagem de comercial de margarina, vale mais a pena tratar de viver. Tratar de gostar da vida para que ela goste de você.
Aliás, nada me dá mais medo do que gente que vive como se estivesse num comercial de margarina. Se aceitarem um conselho: corram dessas vidas de photoshop. Elas não existem. Gente de verdade vive do jeito possível – e tenta lembrar que o possível não é pouco. Isso não significa se acomodar, pelo contrário. Mas abrir os olhos para a novidade do mundo na soma subtraída de nossos dias, desejar a vida que nos deseja.
É como em outra frase, esta dita por um comprador ambulante de coisas antigas num momento crucial do filme. Um delirante Noel, assustado com a proximidade da morte e disposto a retomar a alegria, sacode na rua o personagem de Emiliano Queiroz, gritando: “Hoje é sábado, hoje é sábado”. E o comprador de coisas que já perderam o sentido diz a frase antológica, digna de um frasista como Nelson Rodrigues: “O sábado é uma ilusão”.
Sim, o sábado é uma ilusão. Então, lembre de viver também de segunda a sexta. 

(Eliane Brum escreve às segundas-feiras.)

segunda-feira, setembro 27, 2010

Agradecer sempre!

Nada como ter os melhores amigos do mundo. Papai-do-Céu sempre me contempla com verdadeiras pérolas do amor fraternal. Eu sou uma pessoa legal, cara! Não importa o que digam em contrário. Quem disser algo assim é porque não me conhece de verdade, vai por mim.

Merda!

Tava demorando pra acontecer. Isso é o que dá ficar perdendo tempo com a cabeça cheia de caraminhola. Perdi um deadline aqui no trabalho totalmente sem necessidade. Porra! Porra! Porra! Sabe quando é um problema que vc mesma criou. Pior, sabendo que não precisava? Mereço 57 chicotadas!

Atualização
Eu sou ruim. E o cabelo ajuda. Consegui redigir um jornal corporativo inteiro (motivo da minha raiva da manhã) e terminar antes das 16h. Mas fiquei muito fula comingo mesma de ficar gastando o meu tempo pensando em coisas que não vão me ser úteis ou me deixar mais feliz nessa vida. Ainda mereço as 57 chibatadas.

domingo, setembro 26, 2010

Brincando de impossível...

Tudo o que eu queria hj seria me submeter ao procedimento do filme 'Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças'. A vida ia ser tão mais fácil....

Virar um verdadeiro gênio tb não ia ser nada mal. E pular os próximos meses. Dormir numa bolha e acordar quando tudo estivesse no lugar de novo. Tá, ando meio sem paciência esses dias. Mas tô bem. Sério.

Boa moça

De almocinho especial de domingão. Coxas e sobrecoxas de franguinho assado no papillote, vinagrete, batatas ao forno e 'farófia' de ovos. Em companhia de Amarelo Safado, que fazia um tempão que não aparecia.

sábado, setembro 25, 2010

Ai que saco!

Taquiuparêo...essa sensação de coração estreito, do tamanho de uma castanha, que me assola sempre nos finais de semana é sofrível. Não vejo a hora disso tudo passar, sabia?

Voltando às Condições Normais de Temperatura e Pressão (CNTP)

Ontem foi lindo. Além de comer a minha primeira refeição decente desde o dia 6 de setembro ainda consegui cozinhar. E para os amigos, na casa de Babs. E eu e Superpowerpuff Bicha inda voltamos aqui pra casa e recebemos amigas que ficaram batendo papo até o dia raiar. Que Sem Loção que nada! Festinha privada é tudo de bom.

sexta-feira, setembro 24, 2010

Balanço

Hoje sim, posso dizer que comi a primeira refeição decente desde o dia 06 de setembro. Peguei uma feijoadinha num self-service super gostosinho aqui do bairro do Espinheiro. Me dei ao desfrute até me lambuzar com uma pequena fatia de pudim de sobremesa, coisa que geralmente dispenso. Hoje, pelo menos, parei de me liquefazer, coisa que tb tá rolando há 3 semanas.

Meu coração está leve. Acho que isso significa que - mais uma - vez tô mostrando pra mim mesma que eu mereço a felicidade. E eu preciso de paz. E só quem pode me dar isso mesma sou eu.

Coragem pra encarar o final de semana, que é sempre punk, sobretudo o domingo, mas eu sobrevivo. Sempre fui uma sobervivente. E reajo rápido, com a ajuda dos amigos maravilhosos e Papai do Céu, que nunca me esquece e sempre sabe o que é melhor pra mim. Ufa! Tá mais perto do que longe.

Por quê, meu Deus?!?!

Por que eu sempre esqueço de passar hidratante? Minhas pernas ficam parecendo canelas de urubu. Ai, queria tanto ser mulherzinha aplicada!

Quem não gosta de samba....

Bom sujeito não é. Ontem, no Central (sim, ninguém me chama pra beber leite, recebi QUATRO convites pra sair ontem e resolvi aceitar) ganhei um cd da Gerlane Lops (www.gerlanelops.com.br). Samba na veia. Tá tão gostosa a seleção, minha gente. Entre outras, Piaba de Ouro, uma música linda de Lula Queiroga e Erasto Vasconcelos.

Hoje eu não quero saber
Hoje eu não sei de nada
Eu só quero escutar esse baque
Que faz o meu corpo arrepiar

É de maracatu é de jóia rara
É o meu pernambuco de pé
Quero subir para ver

Caboclo de lança no alto da sé
Olha quem vem lá
Olha quem vem lá
Quê bonito ver

A moça que ginga no baque solto
No baque virado
Piaba de ouro eu quero ver

Entre outras tem Chico Buarque (Samba do Grande Amor), Dança da Solidão, É D'Oxum, enfim, um discão. O nome da joia é 'Da Branca - Ao Vivo'. Delícia, recomendo demais.

Na Rua...

Saí ontem. E foi bom. E fui olhada. E me senti bem. E viva. E bela.

quinta-feira, setembro 23, 2010

Ufa! (De novo)

Falar é libertador, sabiam? E a cada vez que repito a mim mesma ou a alguém em quem confio e que eventualmente me pergunta o que me aconteceu (de novo) chego cada vez mais e mais à conclusão de que não tive outra opção a não ser tentar ser feliz, por mais que meu coração ficasse estilhaçado em mil pedacinhos.

Mas pudera! É a teoria do Vaso Ming. De nada adianta vc ter um vaso da Dinastia Ming sobre o console da sala depois de quebrado. Por mais que vc chame o melhor restaurador do mundo para colar milimetricamente caquinho por caquinho, ele não deixará de ser o que é: um Vaso Ming partido em mil pedacinhos, estilhaçado tal qual o meu coração agora.

Não, eu não estou louca. Não, eu não estou errada. Ser feliz é a única saída possível. Por mais que a gente discorde da vida, ela não nos dá uma terceira opção. Nosso coração é que é burro. Aliás, nome bom pra um bloco de carnaval: "CoraçãoBurrodaPorra"

Um fake pra chamar de seu


Ok, o título não é original. Nem alguns dos perfis fakes que, confesso, adoro seguir no Twitter. Alguns famosos, outros nem tanto. A maioria só pra garantir aquela risadinha do dia mesmo, desanuviar os pensamentos repletos de caraminholas e aperreios profissionais, sem contar com a amolação natural do dia a dia. Sigo alguns deles e recomendo. Quer saber quais?

@sara_sonaya – Sara Sonaya, a original, não me perguntem de que buraco saiu. Trata-se de uma cantora (?!) da década de 1980 indicada por um amigo que mora em Bsb (Brasília). Ela enverga verdadeiras pérolas no Youtube com voz primorosamente desafinada cujos títulos criativos respondem por ‘Vamos Desquitar’ ou ‘Manequim Procurado’. Pronto. Algum astucioso pegou o nome e foto da tia (que enverga óculos enooooormes) e tuita pérolas como “oge não tem bastidô da música. Meu empresáro mim proibiu por tempo indeterminado de fofocar. Ele diçe que tô virando um Neymá.”

@carla_perez_ - o fake da loira mais famosa do tchan apela para um humor ingênuo e sapeca com tiradas de lôraburra geniais como “entao galera meu twitter ainda está com aquele problema ele só está postando 140 caracteres, assim fica dificil p falar da viagem que fiz”.

@ Re_Bordosa_ A mais junkie das personagens dos HQs brasileiros tem mais de um perfil fake, mas eu recomendo esse daqui. As sacadas são precisas. “Eu tava aqui pensando, cara: a diferença entre dar o terceiro olho e cagar é meramente vetorial” ou ainda “Restart = NXZero com 100% modo viadagem ativado”.

@ Monica_Mattos  Para quem entende de pornôs e afins, trata-se do fake da atriz de mesmo nome. Administrado por um publicitário que mora em Pernambuco, o perfil destila piadas ligeiras e sarcásticas, do gênero “Fake aqui só meus peitos e minha simpatia. RT @SirleyGallo: Como podemos saber se esse é seu twitter? é vc mesma minha xoxotuda linda?”

@ tiacreuza – Trata-se de ‘Creuza Santos’ que, pelo que se entende, é doméstica no Rio de Janeiro. Valem todas as gaitadas nas poucas vezes em que o administrador do perfil se presta ao papel de postar (as tuitadas andam cada vez mais raras). “To nas nuve! O melho desse feriado foi que eu recebi bem uma cantada! Um moreno forte me olhou no trem e disse "Pegarra toda"! To gamada!” ou ainda sobre a festinha de aniversário no Habib’s. “To no ponto esperano a van perto do Habib O niversario até que foi bão, mas ouve 1 desgraça, num aceitarum os refrigerante q eu troçe d caza”. Na sequência do aniversário, outras pérolas como “A poroposito as unha ficarum boa, mas to com as cuticula inflamada e com a chuva mais as sacola de Fanta ta ardeno orrores!”.

Não sei o que leva pessoas comuns ou não, famosas ou não, ordinárias ou não a criarem esses tais perfis falsos na Internet, mas desde já, o meu muitíssimo obrigada. Adoro quem sabe rir de si próprio e fazer da vida uma grande piada. Mas de bom gosto, faz favor!

Doutorado em cores de esmalte

Pois é. Ontem eu pintei as unhas Licor + Dara e anunciei que isso é uma coisa mais piriguetchy-power impossível. No Facebook, Cumádi dá a dica:

Eu tava muito fashion de "militar", passei para "atrevida" e agora tô de "chic pele" para evento com o chefe, doida pra colocar um "40 Graus" básico!!!!!!! "Garota Verão", vermelho-quase-laranja by Colorama. Escolhi a cor da próxima semana rsrs

Hillary (gay m-a-g-a-v-i-l-h-o-s-o que habita as plagas de Bsb - Brasília), emenda:

Sugestões:
Katy + Tallulah
...Midori + Ginessa
Dita + Renee
Samba + Rubi
Rebu + Café
Nova era + Renda
Condessa + Melissa
Cigana + Fada
Ninfa + Volúpia

Batizar esmalte só pode ser emprego de frango. Cada nome...

Se Jogem
http://www.risque.com.br/#/simulador-de-cores 


Fica a dica aí de Hillary, o simulador de cores. #MEDA

quarta-feira, setembro 22, 2010

Fome...

Esse almocinho de iogurte + banana + Müsli já foi faz tempo.
Brincando no jogo do contente, melhor do que nao comer coisa alguma. Só preciso reaprender a comer em casa e a preparar comida de novo. Adaptação à vida normal... como sempre

Aliás, falando em fome e no sistema nervoso (já disse aqui que eu tô me liquefazendo, né?), essa é uma das únicas partes boa nesse processo de 'readaptação': tô emagrecedendo rápido. Já estava de dieta e de volta à rotina de exercícios, o que me fez perder boa parte do sobrepeso que ganhei no meu degredo de 20 dias de Caruaru. Mas te juro que só nesse mês (e estamos ainda no dia 22!) já me livrei de uns quatro kg! 


Arre! Papai do Céu conserve assim. Meu colega de trabalho cafuçu PA disse que tô ótima (pra não dizer 'gostosa'). Elogio faz bem pra saúde mental. Pra saúde afetiva e pro ego também. Mas inda juro que tô fechada pra balanço até segunda ordem. Pra eu deixar alguém entrar no meu coraçãozinho de poeta de novo vai ter que ser um homem muito 'homem' mesmo nessa vida.

Agora sim!

Agora sim, sou uma nova mulher. Unhas feitas: Licor com Dara. Mais Piriguetchy-Power impossível

Sobre Depilação, piriguetismo e seção mulherzinha de subúrbio


Pra quem pensa que ser mulherzinha é fácil, deixa eu esclarecer uma coisa: não é. Definitivamente. Tenho dito. Nem é fácil ou barato, diga-se de passagem.
 
Tô falando isso porque, solteira convicta que ando, decidi me alforriar da depilação. Minhas amigas estão em polvorosa. Não sabem se concordam ou discordam, se apóiam ou colocam nota de desagravo no meu Facebook, se me arrastam à revelia pra uma clínica de depilação ou se abrem uma espumante comigo pra celebrar essa tal liberdade.

Depilação é chato. Doi pra burro. E é caro. Se você for escolher um salãozinho modesto, como é o meu caso, santoamarina que sou, vai morrer na mesa de depilação com uns R$ 50,00 a menos no bolso pelo pacote completo: pernas, axilas, buço (bigode, ignorante!), frente e verso. 

Frente e verso, amigo internauta do sexo masculino que adora ver a mulher lisinha e pronta pra o sexo selvagem é o famoso X1 e X2. Significa que nada do que você vê é natural. Pra que a gente fique com aquela aparência limpinha e esteticamente diagramada, isso significa que a gente deita lá na caminha da depiladora e fica em posições praticamente ginecológicas pra mocinha arrancar a cru e com cera (quente ou fria) todos os pelinhos que nós, idiotas de plantão cismamos de colocar na cabecinha oca de vocês que eram feiosinhos. Isso mesmo. Arrancamos tudo, sem dó ou piedade. Do lado de dentro também, sabiam? Na ‘frente’ e no ‘verso’. Imaginou, papudo?

Passando às unhas, a gente deixa o salão com R$ 15,00 a menos pra fazer mãos e pés. Se resolver fazer uma limpezinha de pele básica lá se vão outros R$ 25,00. E se o caso for dar uma pisa na peruca (leia-se ‘escova’, ignorante), lá se vão outros R$ 15,00.

Fez a conta aí, seu bruto? Lá se vão mais de R$ 100 pratas em salão de subúrbio só pra ficar a contento, digna de tirar a roupitcha e não dar um susto naquele cafuçu  que a gente teimou em catar na Sem Loção, na Putz, no BregaNaite ou em qualquer outra festinha dessas onde a macharia sai piriguetando atrás de sexo sem compromisso.

Ai, num quero não. Canso só de pensar. Por ora – mas só por ora – quero ficar assim, versão Macaca Monga, me ocupando só das minhas unhas (que pra mim é sinal de higiene). Por ora assumo minha versão predadora cansada, desiludida da vida e apaixonada por mim mesma.

Xenical pra quê?

Quem tem o meu sistema nervoso não precisa desse tipo de medicação. Estou de piriri há três semanas, Me liquefazendo a cada dia. Ai, bolas! Se eu gritar numa bacia cheia d'água e mandar tudo às favas, melhora?

Seção Mulherzinha

Preciso fazer as unhas urgente. E a vantagem de estar solteira e fechada pra balanço é não ter que se preocupar com depilação, cantinho, cantão, X1, X2 e o zás-trás. Vai por mim, é libertador!

Esforços

Ontem comecei o tratamento na FEP. Dormindo melhor, é fato. Acordando menos angustiada. Aliás, dormindo pra burro, antes mesmo das 22h. Hoje acordei e vim andando pro trabalho com os meus pensamentos. É bom, cheguei renovada. Passa, só preciso de um pouquinho de paciência ou acelerar o relógio do tempo. Além do quê, problemas reais quem tem são os outros, não me canso de lembrar disso. Estamos nós aqui, com saúde, amigos maravilhosos, emprego, perspectivas de futuro e tudo o que de melhor a vida pode me oferecer.

terça-feira, setembro 21, 2010

Nomes de operações da Polícia Federal

Minha amiga Mulherzinha 3.4 desconfia que há um grupo dentro da PF só pra criar os nomes esdrúxulos das operações da PF. Duvida? Olha isso aqui que saiu hoje:

"ABELHA RAINHA - De acordo com a Polícia Civil a operação tem esse nome devido à maneira de Cícero comandar a sua quadrilha. Ele, que está preso no Aníbal Bruno, seria a abelha rainha, o presídio a sua colmeia e seu comparsas as abelhas operárias."

Daí me liga Superpowerpuff Bicha falando em códigos.


Ele: Quando vamos fazer aquilo?
Eu: O quê?
Ele: Aquilo, Cartola
Eu: Cartola?
Ele: É. Aquela música, as rosas não falam...
Eu: Oi?!?!?!


Depois de muito apelar ele menciona a palavra 'chuveiro' pra que eu (burrinha) entendesse que é um banho energético à base de pétalas de rosas.

Taquiuparêo. Eu sou burrinha, ok? Não ia entender meeeeeeeeeeeeeesmo.

Das duas uma...

Se eu não fizer as unhas em breve ou viro 1) o Mojica Martins ou elas (as unhas, eu não) vão quebrar todas até o sabugo. E tempo, que é bom, cadê?

 

Ufa!

Estas oscilações de humor são muito chatas. Dormi às 21h40 e acordei bem melhor. Vou começar um tratamento na FEP. Qualquer coisa que me ajude a encontrar paz nesse momento é bem vinda. Não nasci pra ter um copo meio vazio, definitivamente. Agora, preciso me focar em começar a comer melhor.

segunda-feira, setembro 20, 2010

Eita conselho sábio esse

Fui na Federação Espírita de Pernambuco tentar aplacar minha angústia. Saí com o conselho abaixo, divino pro momento.

Mulheres Celtas
As mulheres de origem Celta eram criadas tão livremente quanto os homens. A elas era dado o direito de escolherem seus parceiros e nunca poderiam ser forçadas a uma relação que não queriam. Eram ensinadas a trabalhar para que pudessem garantir seu sustento, bem como eram excelentes amantes, donas de casas e mães.

A primeira lição era:
Ama teu homem e o segue,
mas somente se ambos representarem,
um para o outro o que a Deusa Mãe ensinou:
"Amor, companheirismo e amizade"

Jamais permita!
Jamais permita que algum homem a escravize:
você nasceu livre para amar,
e não para ser escrava.

Jamais permita que o seu
coração sofra em nome do amor.
Amar é um ato de felicidade, por que sofrer?

Jamais permita que seus olhos
derramem lágrimas por alguém
que nunca fará você sorrir!

Jamais permita que o uso de seu
próprio corpo seja cerceado.
Saiba que o corpo é a moradia do espírito,
por que mantê-lo aprisionado?

Jamais se permita ficar horas
esperando por alguém que nunca virá,
mesmo tendo prometido!

Jamais permita que o seu nome seja
pronunciado em vão por um homem
cujo nome você sequer sabe!

Jamais permita que o seu tempo
seja desperdiçado com alguém que
nunca terá tempo para você!

Jamais permita ouvir gritos em seus ouvidos.
O Amor é o único que pode falar mais alto!

Jamais permita que paixões desenfreadas
transportem você de um mundo
real para outro que nunca existiu!

Jamais permita que os outros sonhos
se misturem aos seus, fazendo-os
virar um grande pesadelo!

Jamais acredite que alguém possa voltar
quando nunca esteve presente!

Jamais permita que seu útero gere
um filho que nunca terá um pai!

Jamais permita viver na dependência de um homem
como se você tivesse nascido inválida!

Jamais se ponha linda e maravilhosa a fim de esperar
por um homem que não tenha olhos para admirá-la!

Jamais permita que seus pés caminhem em direção
a um homem que só vive fugindo de você!

Jamais permita que a dor, a tristeza, a solidão, o ódio,
o ressentimento, o ciúme, o remorso e tudo aquilo que
possa tirar o brilho dos seus olhos, a dominem,
fazendo arrefecer a força que existe dentro de você!

E, sobretudo,
Jamais permita que você mesma perca a
dignidade de ser mulher!

Mais uma publicação

A Malvina Cruela e o Clube das Perversas. Eu quero ser má quando crescer. E vil também, por que não?...http://moourl.com/37kz1

Papai do Céu dai-me

Força e coragem. Precisando tomar uns passes. Acho que vou ali na Federação Espírita de Pernambuco ver se aquieto a minha alma aflita.

Cadê o foco?

Ai meu Deus. Como eu queria ter foco. Tô mais perdida do que cego em tiroteio.

domingo, setembro 19, 2010

Eita porra...

Fui no samba ontem com Superpower Puff Bicha e Babs. Acordei com chiclete no cabelo. Sinal de que incomodei alguma mulherzinha louca ontem à noite. O que, deduzo, significa que ando linda a ponto de incomodar, o que não deixa de ser bom, ué?

Domingo sempre é um dia foda de encarar. Tô cansada de pensar na vida e ontem, quando joguei um tarô com Mino, a ironia diz que a imagem que as pessoas tem de mim é que sou uma pessoa forte e alto astral, além de otimista.

Sério isso? Nunca fui. Levei muita canelada na vida e não passo de uma sobrevivente por pura falta de opção. Nunca passei de uma menininha assustada que dirige um tanque de guerra desgovernado que se chama vida. Louca por colo, carinho e atenção. E proteção, pelamordedeus, alguém que segure a minha mão e diga que toda essa merda vai passar, que tudo não passou de uma piada de mau gosto.

Eita vontade de sumir no oco do mundo e acordar quando tudo tiver passado, essa sensação de derrota, de desterro, de abandono....

É, eu saio dessa. De novo e mais uma vez. Qualquer dia desses eu respiro aliviada.

sábado, setembro 18, 2010

Mulher (Bruno Kampel)

Não quero uma mulher
Que seja gorda ou magra
Ou alta ou baixa
Ou isto e aquilo.

Não quero uma mulher
Mas sim um porto, uma esquina
Onde virar a vida e olhá-la
De dentro para fora.

Não espero uma mulher
Mas um barco que me navegue
Uma tempestade que me aflija
Uma sensualidade que me altere
Uma serenidade que me nine.

Não sonho uma mulher
Mas um grito de prazer
Saindo da boca pendurada
No rosto emoldurado
No corpo que se apoie
Nas pernas que me abracem.

Não sonho nem espero
Nem quero uma mulher
Mas exijo aos meus devaneios
Que encontrem a única
Que quero sonho e espero
Não uma, mas ela.

E sei onde se esconde
E conheço-lhe as senhas
Que a definem. O sexo
Ardente, a volúpia estridente
A carência do espasmo
O Amor com o dedo no gatilho.

Só quero essa mulher
Com todos seus desertos
Onde descansar a minha pele
Exausta e a minha boca sedenta
E a minha vontade faminta
E a minha urgência aflita
E a minha lágrima austera
E a minha ternura eloquente.

Sim, essa mulher que me excite
Os vinte e nove sentidos
A única a saber
O que dizer
Como fazer
Quando parar
Onde Esperar.

Essa a mulher que espero
E não espero
Que quero e não quero
Essa mulherportoesquina
Que desejo e não desejo
Que outro a tenha.

Que seja alta ou baixa
Isto ou aquilo
Mas que seja ela
Aquela que seja minha
E eu seja dela
Que seja eu e ela
Euela eu lá nela
Que sejamos ela.

E eu então terei encontrado
A mulher que não procuro
O barco, a esquina, Você.
Sim, você, que espreita
Do outro lado da esquina, no cais,
A chegada do marinheiro
Como quem apenas me espera.

Então nos amarraremos sem vergonha
À luz dos holofotes dos teus olhos,
E procriaremos gritos e gemidos
Que iluminarão todas as esquinas.

Será o momento de dizer
Achei/achamos amei/amamos
E por primeira vez vocalizar o
Somos, pluralizando-nos
Na emoção do encontro.

Essa a mulher
que não procuro
nem espero.
Você, viu? Você!

sexta-feira, setembro 17, 2010

Ufa!

Nada como uma boa conversa. Meu coração de deserto volta a bater no ritmo normal

Malvina Cruela e o clube das perversas


Fazer ou não parte do Clube das Perversas, eis a questão
E Viva a Ivana Trump!!!!
Ando numa daquelas fases em que meu sonho era ser uma mocinha cruel e dissimulada. Acho que a vida iria ser muito mais fácil assim, mas qual o quê? Minha mãe, outra boboca em potencial, me criou pra sempre dizer a verdade, jamais machucar os outros e apelar sempre pra sinceridade em vez da franqueza (sim, porque a sinceridade é necessária em qualquer relação, já a franqueza...esta não passa de falta de educação);
Inspirada nas mulheres cruéis e poderosas do gênero, decidi então que vou sair fantasiada de Malvina Cruela no próximo carnaval. Ou de Mavina Cruela (Os 101 Dálmatas), ou de alguma das madrastas da Branca de Neve e Cinderela...entre várias outras personagens maléficas, que possuem o seguinte Modus Operandi
1 - Elas são sempre ricas
2 - Elas são sempre elegantes e interessantes
3 - Elas botam pra f... em todo mundo no começo e no meio da estória
4 - Elas sempre se f...ao fim de tudo.

Aí, cá estamos nós, pobres mortais que temos em comum o seguinte:
1 - Todo mundo f...de grana
2 - Somos meninas super gente boa
3 - A gente toma na cabeça no começo, no meio e no fim.
4 - A gente sempre se f...também no fim da estória.

Vamos nos unir ao Clube das Perversas, porque elas é que são felizes. Pelo menos elas se divertem muito até pagarem o pato.
Ivana Trump que o diga! Virou a musa nº 1 do clube!!! Ao se separar, levou 40% do patrimônio do bofe e, consultada sobre os conselhos que daria às mulheres, replicou. “- Não fiquem deprimidas , fiquem com tudo..."

Quer saber? Não sei se ela estava errada não. Ser cruel, vez por outra, deve ter lá as suas recompensas.