O surto psicótico irremediável: Médico Esquizofrênico (ME) virou evangélico
Nada contra. O problema é que ele havia decidido se tornar espírita há coisa de uns três anos pra cá. Eu quase caí da cadeira de onde estava falando com ele ao celular.
ME: Eu queria contar isso a você ao vivo...porque, afinal de contas, você é uma das pessoas mais importantes da minha vida...
Eu : Sim, mas com você é sempre assim. Deixa eu te dizer uma coisa: do pescoço pra baixo..NÃO É CANELA, OK?”
Nada contra, mesmo (e que o diga Marcelo Belchior e meu irmão, são evangelicos, eu sou completamente a favor da liberdade religiosa, sexual e por aí vai...), mas dos cinco motivos que ele me enumerou que seriam necessários para se tornar um evangélico, a máxima “amar o próximo” era o quarto motivo (antes disso vinha 1) crer na palavra, 2) amar Deus acima de todas as coisas, 3) crer em Jesus como o Salvador, 4) amar o próximo ... e a quinta te confesso que nem me lembro tão estarrecida que fiquei!). Eu ainda sou pragmática. Eu ainda acredito que as religiões e a fé professada deve ter sentido na recuperação da humanidade. E olocar isso em quarto lugar foi punk de ouvir. Pelo menos quanto a isso ainda posso me sentir surpresa...
O tom do discurso não deixou pra menos. Ele disse que sua Congregação era a Internacional da Graça de Deus (ou algo assim), e que os Batistas seriam “muito radicais”...enfim, foi um surto. Seria menos chocante se ele dissesse que era casado há cinco anos ou qua tinha se tornado gay. Putz. Um médico espírita se tornar evangélico eu nem questiono (não que não seja estranho alguém crer na multiplicidade de existências e depois desacreditar tudo isso. Nessa vida a gente nasceu pra beijar na boca e ser feliz...), mas esse tom de "preconceito" que ele tinha ao telefone me deixou muito triste. Mesmo.
E, sim, ele disse que tinha "evoluído". E "os outros ficam surpresos com a nossa evolução"
Ahnnnn. Então tá.
Fiquei bege. Tô muda. E nem quero ouvir falar nisso. Credo-cruz pé-de-pato mangalô trêis veiz.
É. Definitivamente, o Destino ou essa grandecíssima piada que a gente inventa pra explicar os revezes da vida nunca mesmo, jamais nos quis ver juntos.
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