Sem explicações complicadas. A tarefa é que era impossível!
Meu amigo
Fafá tem a pachorra de me perguntar se ainda tenho um poema que ele escreveu quando estudávamos juntos jornalismo na UFPE (Lá pelos idos de 1994). Tinha não. Mas desde a segunda-feira (quando ele me ligou de SP, onde mora desde 1998), me esforço pra lembrar do poema (uma obra de arte) e a cada dia lembrava de um pedaço. E não é que consegui me lembrar dele todinho? (conseguimos, já que ele me rememorou a primeira e última frases). Decidi postar aqui, com o nome real dele, para que não se perca jamais e o furigundo possa achá-lo na Internet, quando bem precisar.
Em tempo,
Fafá é o meu amigo que, formado em jornalismo, chutou o balde e foi ser ator, Vc pode conferir a perfomance dele, entre outros trabalhos, em Besouro, no qual ele é o antagonista. No caso, o coronel. Assista ao trailer
aqui. Ele queria esse poema pra colocar num curta-metragem que acabou de dirigir. Quer musicar o poema pra ilustrar uma cena em que alguém é deixado e....enfim, leiam o poema...(cujo nome eu não lembrei, mas quer saber? Lembrar um poema inteiro já tá de bom tamanho, entáo o título fica a gosto do freguês). Minha paga? Deixcar de presente para o mundo esse poema, antes perdido no tempo...e meu nome nos créditos, claro! (E, evidente, a paga pelo meu silêncio, posto que sei exatamente o nome completo da pessoa para quem ele dedicou este poema. Mas, evidente, não vou falar. Como eu sempre digo, tem amigo safado quem pode)
Entra
Que há uma palavra abstrata revelando o meu intento
E és chama sob meus pés
Entra
Que há em mim um colo à espera
Um ventre pulsando
E seios aguardando a tempestade
Entra
Que tens penetrado em meu oculto
E exposto o meu fraco
Que estou ao fundo
Mas a imaginação da tua presença me fará repleto
E o teu sopro me fará anjo
Mas
Se ao fim de tudo
O rótulo do 'fratenal' não te permitir delírios
Não haverá cobrança
O mar não me cobra nada
O poema não me cobra nada
Então serás brisa, encanto e ar
E todos os elementos naturais e densos que te couberem
E eu levantarei enfermo em busca de novos passos
É muito difícil ser espera.
(Flávio Rocha Silva)