De Capitu
O amor dispensa apresentações. É único em si mesmo. Intenso, etéreo, volátil, fugaz, reflexivo, terno, fraterno, e qualquer outro adjetivo que lhe queiram dar. Talvez o que lhe satisfaça melhor as exigências seja “completo”, De qualquer forma, tudo o que já foi, é e será dito sobre o amor em qualquer poesia, samba-canção, pintura, retrato, romance é pura especulação. Amor se sente. E isso o basta. E talvez minta quem diz “eu te amo cada vez mais”. Se ele é completo em si e se reflete no outro, não há mais o que preencher, pois ele não deixa espaço para isso. E se não deixa espaço para que coisa alguma falte, talvez seja hora de repensarmos se ele não enche barriga de outrem, ou – caso papai-do-céu nos der essa Divina Graça – a nossa.
Capitu, sim. Precisa de algumas definições. Ora personagem de Machado de Assis com seus arrebatadores olhos. “Olhos de cigana oblíquos e dissimulados... Olhos de ressaca". Capitu deixa o marido à morte com a dúvida de que seu filho não fosse seu, mas de outro.
A outra Capitu trata-se de uma personagem polêmica da capital federal. Ela ganhou a primeira página dos jornais da abafada BSB e projeção nacional por um caso tórrido de amor com o vizinho. Largava o filho aos cuidados do marido e desafiava a própria natureza par ir de encontro ao amante. A grande novidade nisto tudo, caro leitor, é que Capitu é uma Macaca.
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