Tem alguém aí q está apaixonado por mim? Se tiver, diga logo.
Pense numa porra. Eu tenho um aluno adolescente de 17 anos que de uns tempos pra cá, deu pra me desafiar perante a turma, fazer gracinhas e querer aparecer. Ele está me deixando puta, prejudicando a turma e a si mesmo. Até terça-feira passada eu apenas tinha conversado com ele pra saber o q estava acontecendo pra ver se a situação melhorava. Porém, no Domingo durante nossa visita técnica ele aprontou uma q eu perdi a paciência, mas na hora não fiz nada. Qnd cheguei na escola fui falar com meu coordenador (sim! Aquele!). Expliquei a história e ele na lata falou: - ele ta é afim de vc! Já escutei até alguns comentários!
Pronto, pra mim estava resolvida a questão. Era um caso de paixonite adolescente e eu saberia como me portar. Parece q ele adivinhou q eu tinha ido na coord. e não aprontou nada na aula. Apagou o quadro e foi buscar água pra mim diversas vezes. Acho q a fase de rebeldia passou.
Esse assunto pra mim estava acabado. Mas desgraça pouca....
Se meu aluno não estiver se prejudicando e nem a turma, ele pode se apaixonar dez vezes. Tô nem aí. Odeio crianças! Gosto dos “velhões”, como diz minha amiga Paty. Ninguém com menos de 25 me interessa de verdade, gosto de homem com cara de homem, cabelos grisalhos, ai, ai. Então ontem, vou dar aula em outra turma, tudo transcorre bem, eu saio da sala nas carreiras pq tenho fono. Uma aluna diz q quer conversar comigo, digo pra ela ir falando comigo até onde meu carro estava estacionado. Ela me pede uma carona. Não tem problema nenhum, minha fono fica próx. da casa dela. Vamos conversando sobre o curso, as viagens...A criatura diz q tem algo pra me dar. Fala que eu devo guardar segredo, que não deixe de falar com ela. FUDEU. Começo a ficar gelada, as mãos a suar (quem me conhece sabe q qnd eu to nervosa, minhas mãos pingam!) Quase perco a entrada de Campo Grande e bato com o carro. Ela me deu um envelope, desceu do carro. Eu não tive nem coragem de ler, um misto de medo e raiva. Cheguei no consultório e fiquei lendo no carro. Li uns dois parágrafos e desisti, tava foda. Nenhum homem tinha me escrito uma carta daquelas, imagine uma mulher e ainda por cima minha aluna! Fui pra minha consulta, depois corri pra encontrar minha amiga médica. Eu precisa falar, mostrar pra alguém! Ela leu. Perguntei o q estava escrito e o q ela tinha achado. Acho q ela estava vendo meu desespero e quis amenizar: - Amiga, eu poderia ter escrito uma carta dessas pra vc...
Uma amiga poderia me fazer todos os elogios q a criatura me fez na carta, mas eu tenho CERTEZA que nem a amiga médica, nem nenhuma amiga minha “perdeu o sono, na noite chuvosa e fria” por minha causa. Ai meu Deus. Dá vontade de rir (mas não riam de mim), de chorar. Eu queria levar numa boa, me sentir da mesma maneira q foi com meu aluno. Eu não tenho preconceitos, tenho parentes e amigos homossexuais, mas comigo, não dá. Tô péssima, péssima. Eu tenho cara de quem gosta de mulher? Será q eu dei brecha, liberdade? Na sala de aula não falo da minha vida pessoal, mas alguns alunos trabalharam comigo na Bienal da UNE, me encontraram no carnaval bebendo, fantasiada, e por isso brincam mais, tem uma afinidade a mais. Porém os dois alunos em questão não estão nessa lista. Não quero ser preconceituosa e nem mudar em relação a eles. Pq com o menino eu nem liguei? Pq com ela estou me sentindo uma droga?
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