Pra Me Enlouquecer É Mais Caro

República Anárquico-frevocrática fundada em 2002 por Rainha do Maracatu Roubada de Ouro, Senhor do teu Anel e Catirina Sem Mateus. Atualmente é administrada pela Mulherzinha 3.4 e a Rainha do Maracatu Roubada de Ouro. Afinal de contas, nunca perdemos a nossa majestade

quarta-feira, janeiro 15, 2003

Sobre o exame ginecológico de ontem...
"O homem pra quem eu abro as pernas apenas profissinalmente"
Meu médico é o que poderia se chamar de "kchorro". Adoro ele e o acho figura mui divertida. Confesso que até a sensação de esfregar minhas partes íntimas na cara dele pra fazer a josta do exame nem é tão difícil por causa das palhaçadas que ele me diz durante o procedimento.
Em primeiro lugar, quando entrei no consultório (ele ainda não tinha me visto de new look), ele me deu um "confere" de cima a baixo. E disparou um "como vc está linda!". E eu disparei outro "e a senhora sua namorada, como vai"? Rimos, evidente.
Por ele, eu já tinha "feito menino" há muito tempo. Ele não agüenta ver mais a minha cara após dez anos de consultas e carnavais juntos (ssssiiiiiiiiiiim, meu digníssimo ginecologista pula carnaval comigo).
Aliás, no carnaval é engraçadíssimo. O do ano passado, por exemplo, eu estava com ele pelas ladeiras de Olinda e estava decidida a não beber, e ele me dizia "por recomendação médica, eu ordeno que vc beba!"
Aí, quando a gente topava com alguém conhecido o texto era o seguinte:

"Oi, esse é o homem pra quem eu abro as pernas apenas profissinalmente"

Ele é muito engraçado. Acho que apenas por causa disso, o exame de papa-nicolau é menos sofrível do que deveria...
Resumo do diálogo enquanto eu estava com as minhas partes íntimas na cara do doutor:

Ele: Então quer dizer que sexo pra homem é "apenas uma noite"....e pra mulher é o quê?
Eu: Ah, se for ex-namoradinha, pro homem vai ser umazinha com alguém conhecido...pra mulher, entretanto, vai ser a esperança de reatar o relacionamento
Ele: Sei...

Tá bom, tá bom. Sei que o normal em consultório é a paciente falar de sua vida própria, e não o contrário...fazer o quê?
Conversamos tb sobre o meu "susto" da estória da pílula do dia seguinte, sobre farras de carnaval, sobre Recifobia (Recifolia, ele tá caindo na gandaia), enfim, sobre um monte de coisas...

É impressionante imaginar o que uma mulher pode conversar com as partes íntimas praticamente coladas na cara de alguém...um pavor!