Pra Me Enlouquecer É Mais Caro

República Anárquico-frevocrática fundada em 2002 por Rainha do Maracatu Roubada de Ouro, Senhor do teu Anel e Catirina Sem Mateus. Atualmente é administrada pela Mulherzinha 3.4 e a Rainha do Maracatu Roubada de Ouro. Afinal de contas, nunca perdemos a nossa majestade

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Falando em folia...

Hoje tem arrastão do Ilê Ayiê, Alafim Oyó e Oxum Pandá no Bairro do Recife
Fui!

Foi farra!

Esqueci aqui de dizer que celebramos nosso aniversário (eu e Jana) no último domingo, com show de Xico de Assis e discotecagem de Bruno Pedrosa no Banquete.

Mêda. Começou às 13h e terminou às 22h

 
  
  
  
  
  
Tem mais delas, mas eu é quem não curto muito essa coisa de milhaaaaaaaaaaaaaares de fotos. pelo menos não neste espaço

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Aniversário!!!!

Hoje estou completando 34 anos. Dizer o quê sobre isso?
Ainda não tive medo de envelhecer, não sei o que as pessoas pensam sobre isso. Costumo tentar me eximir destas discussões bobocas ditadas pela mídia do que devemos pensar, fazer ou sentir. Não preciso usar manequim 36, mas em 2010 ainda pretendo retrabalhar o shape e retornar à malhação + dieta + andar feito um cão condenado pra entrar em forma e me preparar pra ter um filho.

Pois é. Ter um filho. Tenho pensado bastante nisso e vejo que quanto mais a gente adia esse negócio, mais a decisão perde o sentido. Já tive mais dinheiro do que tenho hoje,já tive mãe, já tive a vida mais tranquila. E, no final das contas, sinto verdadeiramente que a única experiência que eu poderia ter tido até os 34 e não tive ainda foi a da maternidade. Sem pudores, exerço a reflexão budista que diz que devemos imaginar termos um passarinho pousado no nosso ombro direito todos os dias. E, todos os dias, esse passarinho me pergunta: "Você está pronta para morrer hoje?". Digo que sim. Pois tive a maravilhosa oportunidade de vivenciar tudo o que a vida me ofereceu.

Daí eu fico pensando e pensando...Dizem que ter um filho muda tudo. Não sei se pra melhor ou pra pior. Mas o fato é que cheguei à conclusão que ter um filho, de fato, é ter um novo recomeço. Quero ver essa outra vida, checar todas as possibilidades.

E também porque não tenho mãe desde os 23. Mas tenho pai. E ele está com quase 70. E ele é uma figura muito divertida. E eu realmente não queria privar meu filho dessa convivência maravilhosa, então não dá pra ficar adiando isso por muito tempo. Mei pai mora no sertão do Seridó (RN), numa casa construída em cima de uma serra a 80 m de altura. Ele tem um quintal com pomar e um cercado onde cria galinhas, pavão, seriemas. Tem também uma cadelinha fofa. Sabe o nome de todas as plantas e árvores, além do nome de todos os seus antepassados até o século XVIII, quando algum maluco perdido veio da região portuguesa de Antas (daí o sobrenome Dantas, que ele, inclusive, não carrega). Quero que meu filho o conheça.

Quero também ter a maravilhosa oportunidade de adotar uma criança, se a vida assim o permitir, pois quero exercer a faculdade de poder, de fato, mudar o mundo. E acredito na adoção como o maior dos milagres que um futuro cidadão possa receber. De minha parte, seria o maior milagre que eu poderia operar no mundo.

Mas é que eu sou assim, boba e besta. Ainda acredito nas pessoas e falo com cachorros na rua. Mesmo depois de um deles ter me mordido e eu ter sido obrigada a tomar cinco vacinas antirrábicas, além de três anti-tetânicas (tenho que me lembrar que a terceira dose ainda é em março). Ainda acredito no Carnaval por achar que é o período de tempo/ espaço onde o mundo finalmente faz sentido e todos nos confraernizamos nas ruas, sem nos preocuparmos com as coisas bobocas dessa vida como dinheiro.

Não que eu não goste de dinheiro e caso você conheça algém que desgoste dele, sorte a sua, mas o meu mundo ideal seria aquele em que todos pudéssemos ganhar o suficiente pra não nos preocuparmos com contas. Ou com o fato de ter (ou não) dinheiro o suficiente pra ter um filho, que é o meu caso. De toda forma, eu também acredito que tudo dá certo no final.

Eu recebi muitas ligações hoje. Sou muito amada. E tenho mais amigos que se possam contar nos dedos da mão. Bons e generosos, justos e honestos, leais como só os verdadeiros amigos podem ser. E fui acordada pelo ex-marido-atual-namorado. É uma conversa comprida. Mas o que na verdade fiz foi dar a mim mesma uma nova oportunidade de ser feliz. E sou feliz com ele, que vai me levar pra jantar no Mingus, meu restaurante preferido. Vamos tomar espumante e rir de tudo. Das coisas boas. E das ruins também, porque é preciso ter - além de caráter - muita presença de espírito nesses dias inglórios em que o mundo parece estar de ponta-cabeça.

E meu amigo Mino sonhou comigo esta noite. E eu era executiva-rica-proprietáriadeumprédio(!) no Bairro do Recife. E, no sonho, houve um abalo sísmico que fez com que a estrutura do prédio ficasse intacta, mas que ele desmoronasse por dentro. E eu preocupada porque havia uma criança lá dentro. E meu amigo Mino se tornava um gigante e conseguia salvar a criança que, depois, foi adotada por mim. Era uma menina. E tinha cabelos castanhos claros.

Eu é quem bebo. Ele é quem surta. Mas, no final das contas está tudo aí no sonho: a minha vontade de vencer, a minha despreocupação com a materialidade e o meu desejo maternal de fazer um mundo melhor e salvar uma criança.

Ê vida, heim?!?!?!

Tudo isso pra dizer que estou muito feliz. Bem e vida. A fé continua cega. A faca mais amolada do que nunca.

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

BOMBOU, BOMBOU, BOMBOU

Aguardem aqui noticias e fotos do desfile do Suvaco da Asa. Foi um espetáculo.

Por hora, segue o texto da materia publicada na edição de ontem do Correio Brasiliense.

O Suvaco bombou!

Criado há quatro anos com “uns 150 gatos pingados”, o bloco reuniu mais de 2 mil foliões

João Rafael Torres


O bom carnaval de rua tem sempre essas coisas de improviso. Pouco antes das 11h de ontem, um dos organizadores do bloco Suvaco da Asa recebeu uma ligação, direto de Recife. Do outro lado, um dos músicos da orquestra convidada para animar a festa disse que o grupo não embarcaria: o voo em que vinham tinha sido cancelado e, para uma nova tentativa, só conseguiriam chegar aqui depois das 23h. No susto, os organizadores tiveram de improvisar: contrataram uma orquestra candanga, mas não menos competente, para colocar o bloco na rua. E conseguiram, com o maior sucesso de público desde a inauguração: somente na concentração, a Polícia Militar estimou cerca de 2 mil pessoas.

Essa será uma das histórias que marcarão a passagem do Suvaco em 2010. Criada há cinco anos por um grupo de jornalistas, a maioria deles pernambucanos, a agremiação carnavalesca carrega em si a clássica irreverência do carnaval de rua de Olinda e Recife Antigo. Preza pelas fantasias, individuais ou em grupo, e pelo frevo de qualidade. Resgatam, num tom de festa e brincadeira, a inocência da alegria gratuita, sob um sol apocalíptico. E conquistam, aos poucos, a adesão de mais e mais brasilienses. Rodrigo Hilário, um dos organizadores, lembra que em 2006 eram “uns 150 gatos pingados”, sem grandes pretensões. “Ano passado terminamos o trajeto com 3 mil pessoas, com dados da PM. Este ano, deverá ser ainda melhor”, comentou, pouco antes da partida dos foliões.

Todo ano funciona assim: o grupo se concentra na entrada do Cruzeiro, num quiosque. Segue pelas ruas do dito setor econômico do Sudoeste. E, por lá, engrossa o número de espectadores. Muitos dos que olham curiosamente, direto das sacadas, se rendem e engrossam o pelotão. Na passagem de ontem, surgiram personagens dos mais excêntricos: a menina Maísa e Sílvio Santos, uma família inteira de espanholas, drag queens com seios (de espuma) de fora, belas mascaradas… A comissão organizadora rendeu homenagens ao Beirute, com uniformes estilizados. Foi no bar que a brincadeira começou.

Também estavam lá velhos companheiros do bloco, como a administradora Maria Cláudia Nunes, 28 anos, moradora do Cruzeiro e frevista assídua no bloco. Recifense, filha de paraibanos e criada em Brasília, ela vê no encontro uma chance de preservar a identidade brasileira. “Vemos aqui as histórias contadas por nossos avós. Estar aqui é obrigação, igual era o dever de casa”, disse. Outro que fez questão de lá estar foi Romildo de Carvalho Junior, presidente do Galinho de Brasília. Até mesmo o mais tradicional bloco de frevo da cidade se rende ao Suvaco, como uma prévia de carnaval. “Tudo que defende a tradição e a beleza do frevo merece apoio. Juntos, fazemos a tradição mais forte”, disse.