Falando em coisas boas
Meu pai passou a última semana comigo. Foi muito bacana. Além de ter me apoiado em absolutamente tudo (inclusive com a proposta indecente de largar meu emprego e ir passar uns tempos com ele no sertão do Seridó - RN), ele tem um humor particularmente próprio que invejo em silêncio.
Na verdade esse humor jocoso faz parte da família dele como um todo: um bando de sertanejos fortes capazes de enxergar nas mínimas coisas um pouco de alegria.
Na última semana ele me contou um episódio de um primo que, após anos sendo chifrado pela mulher, resolveu se divorciar.
Dia desses, a fulana liga pro agora ex-esposo, que tinha voltado a morar com a mãe. Um dos irmãos dele atende (no total, são 12 filhos!)
Ela: Onde está fulano?
Irmão: Não está aqui não. Viajou
Ela: Você está me enganando, rapaz? Pois diga a aquele mocinho que se ele não me ligar de volta eu esqueço dele pra sempre, viu?
Irmão: Você jura que é verdade ou está dizendo isso só pra me agradar?
Pois é. Um outro irmão deles chegou na casa de uma tia nossa, no interior e ela, tentando aradar, disse que ia fazer uma galinha guisada. Perguntou a ele qual era sua parte preferida da galinha pra dar uma caprichada ao posto que ele respondeu: "Tia, da galinha mesmo eu só não gosto muito é do bico".
Coisas da vida. Quando eu crescer quero ter um humor assim: descompromissado