E depois a doida sou eu...
Sabido, o primo do Lindo, já foi morador da Aurora e revela que, quando morava lá, ele e mais nove amigos compraram um barco. Leia-se um bote onde eles se juntavam aos domingos pra sair de barco até o castelinho que - diz ele, fica depois do farol nos arrecifes. Juntavam feijoada da casa de um, galeto da casa de outro, um radinho velho de pilha sintonizado na Rádio recife, os intelectuais levavam jogo de damas e os rampeiros o tabuleiro de dominó.
E este era o programa de domingo dos caras.
Tá. E depois a doida sou eu.
Segundo ele, os destaques ficavam por conta dos romãnticos que saíam com o bote à noite com as respectivas namoradinhas. E tem passeio mais romântico que isso? Um bote dentro do rio Capibaribe a contar estrelinhas (e outras coisas mais), um passeio totalmente seguro e com a privacidade garantida?
Sabido tb me contou de um réveillon quando, da Aurora, saíram 10 marmanjos de dentro do bote rumo ao Marco Zero. Chegaram lá desembarcando no pequeno cais e resolveram dar mais uma voltinha, quando caiu um toró sem rpecedentes e, ao desembarcar pela segunda vez no Marco Zero, descompactaram de dentro do barquinho todos molhados tais quais pintinhos...
Meu Deus. E eu que achava que eu sabia curtir a cidade...
Falando em chuva...
Acho que Sabido é responsável pelo toró que caiu sobre nossas cabeças no domingo. Afinal de contas, era ele quem estava comigo em Olinda quando a chuva começou a cair. E nós dois, numa situação esdrúxula: ele colocou minha bolsetinha debaixo da camisa e eu andando debaixo de uma quase tempestade de vestidinho curto colado no melhor estilo mamãe-quero-ser-puta, sandálias havaianas brancas e timbau na cabeça. Isso mesmo, timbau na cabeça...
Pelo menos foi um banho de chuva maravilhoso. E eu ainda não tinha tomado nenhum esse ano.
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