Tática de guerra: Sangue de barata
Que eu sempre acho a melhor saída pra tudo. Nunca tive vocação pra mulher espalhada, daquelas pessoas que externam absolutamente tudo o que sentem, magoando não só a si mesmas como os outros que o cercam.
Vivia discutindo isso com Catirina, que, até dia desses, era dada a arroubos emocionais que, antes de qualquer coisa, a deixavam ainda mais triste do que estava antes de ter o famigerado arroubo.
Catirina tb me questionava horrores, dizendo que eu tinha muita paciência, sendo quase humanamente impossível contar com tamanho sangue de barata...
Água mole em pedra dura....
Tanto bate até que fura.
Não é que a mocinha experimentou esse modus operandi que até então ela julgava pouco natural?
Deu certo. As feridas abertas precisam de seu timing particular e próprio para cicatrizarem (definitivamente ou não), mas essa paz que nos acompanha ao ter o mínimo de calma para lidar com as coisas que nos afetam, definitivamente ninguém a roubará de nós.
Miga, tô orgulhosíssima de vc. A crise, quando não mata, fortalece. Olhe ao seu redor, faz sol lá fora. Tecnicamente falando, nada pode aborrecê-la, pois o futuro? O futuro nos pertence.
Deixo aqui pra Catirina uma mensagem do sempre sábio Antônio Maria:
“Abra uma janela de sua casa – a que dá para o mar ou para a montanha. Procure o mundo e dê-se por perdida. Viva, sem a nervosia de procurar-se a si mesma, porque cada um de nós é um perdido, um ilustre perdido na humanidade vária e numerosa. Viva, que no fim dá certo. É o seu amigo, Antônio Maria”
Em tempo: cada qual escolhe e constrói o seu caminho. Só se colhe o que se planta e ninguém dá o que não tem. Deixe o vento varrer o resto, reconstrua o que precisa (ainda?!?!?!) ser reconstruído e lembre de jogar fora as coisas das quais não precisará mais. Lance mão da eterna capacidade do ser humano em ser feliz, sem vergonhas, proselitismos, falsas aparências ou juras desfeitas. Não há melhor remédio para um homem (ou uma mulher) honesto do que as acusações de sua própria consciência. Para tudo há um preço. Sempre. E o único e verdadeiro real cobrador - que é o travesseiro sobre o qual se deita a cabeça à noite - sabe exatamente onde lhe apertam os calos do sapato. Por via das dúvidas, nunca deseje portanto, aos outros, o que não desejaria a si mesma.
"Viva, que no fim dá certo"
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