Efeito Fênix
Povo. O fim de semana rendeu. E muito. Após resurgir das cinzas depois de uma puta enchaqueca, eu, a Rainha do Maracatu, a PowerPuff Bicha e outros amigos abalamos pelo Recife.
Segue abaixo o relato do meu amigão PowerPuff Bicha que foi levado pela primeira vez a um pagode Gay. Veja as impressões que ele teve do lugar. E do povo! Simplesmente perfeito.
"A ida ao pagode gay.
Existe uma célebre frase que diz o seguinte: "há mais mistérios entre o céu e a terra do que a nossa vã filosofia pode imaginar". É, trazendo a frase para o mundinho g, realmente há mais pinta entre aquele portão com a bandeira do arco-íris e a sossegada rua no bairro de Candeias, do que nossas cabecinhas possam ter idéia. Tomei coragem e fui, fui. Fui no pagode gay, contando é claro, com a companhia maravilhosa do senhor do Teu Anel, que é tudo que há de luxo e riqueza. E justo, eu que sou baladeiro, boateiro e não sou chegado a um pagode botei pilha nele pra ir. O lugar é realmente estranho e a sensação que sem tem, quando se entra no ambiente, mais ainda. De cara, o porteiro avisa: só funcionamos até 23h30. E a pessoa que vos escreve responde: Ok, temos uma hora e meia pra nos divertir. Vamos entrar, afinal, se não agüenta pra que veio?
É um misto de jardim com dancing calorento e cheio de gente suada, típico do pagode. Banana Republic, eis o nome do espaço. Imagino que quem batizou aquele lugar assim, com certeza não se lembrou da grife, que é uma das mais badaladas nos E.U.A. A trilha sonora vai de "ragatanga" , passando por "dançando calypso" e outros clássicos do brega, até o "pagode das bananas". E eles e elas, rebolam, rebolam. O rebolado dos rapazes é tão grande, que faz com que a Carla Perez vire uma estagiária perto deles. A freqüência é, digamos um tanto duvidosa, meninos e meninas de toda a região metropolitana. Bibas e sapinhas de tudo quanto é estilo. De recém saídas do armário até as Bias (leia-se Bichas em Idade Avançada). É estranho imaginar que tem gente que atravessa a cidade, vem de ônibus e Kombi pra se acabar naquele espaço.
E olha que dançam viu, dançam, se entregam, dão pinta, muita pinta. Pinta pouca ali é bobagem. Os casais gays dançam forró com uma energia contagiante. Confesso que fiquei com vontade de convidar um espécime bonitinho que vi, mas ao mesmo tempo, passou pela minha cabeça; " e se eu levar um fora? (pense, levar um fora no pagode, que desmoralização pra uma pessoa fina como eu)" e " pensei também: se machucar meu saco batendo no dele", desisti da idéia. É porque não dá mesmo!
Melhor ter desistido, o dito cujo era bonitinho, mas ordinário. Uma cachorra e beijava todo mundo, uma coisa "boca pública". Bom, o lugar é quente, o banheiro é apertado, as opções de uisque são poucas, não aceita cheques (mas tem cartão de crédito), a decoração podia ser mais criativa, a música melhor, mas uma coisa é certa: diversão garantida para aquela galera, que com certeza, deve começar a semana literalmente, bem mais alegre do que muita gente e de ressaca é óbvio. Vou voltar no pagode sim. Fui!"
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