Trabalhei no show do Iron Maiden ontem. Olha, não consigo entender metal, mas é um show a que vale demais a pena assistir. Sério.
De resto, o clima surreal de sempre e as frases mais desconexas possíveis. "De você eu já perdi o medo", foi uma delas. A outra foi "É impressionante como eu sempre me divirto quando estamos juntos".
Eita. Preciso mesmo descolar dessa criatura. Esse status de namorada-não-namorada é um empate técnico de 0 X 0 que deixa meu coração imobilizado. Te confesso que a companhia dele tem sido muito importante no processo de juntar os meus caquinhos pós-separação (e todas elas são sempre doloridas). E não significa que a amizade não valha a pena. Já abri mão de outros homens na minha vida justamente para não perdê-los nas esquinas da vida. Quando a gente resolve adotar um amigo, garante que ele faça parte contínua da nossa história.
Mas ao mesmo tempo eu fico me perguntando até onde isso vai ser legal ou saudável. Tipo: a gente sai todos os finais de semana juntos há pelo menos dois meses. O que significa que faz dois meses que ninguém me paquera na rua porque, ao que parece, eu estou acompanhada. Enquanto, na verdade, eu não estou. Não no sentido sexual da coisa.
Mas é simplesmente maravilhosa a sensação de estar acompanhada por alguém que se preocupa, é gentil e toma conta de você. Eu, que estou sempre tomando conta dos outros. Eu, que não passo daquela menininha assustada pilotando um tanque de guerra.
Inda hoje me ligou. E olhe que passamos as noites de sábado e domingo juntos. E a pergunta é: "O que vamos fazer no final de semana que vem?"
E eu sei? Não sei sequer se estarei viva até lá, ué? Mas taí a prova do grude consentido, né?