Jusqu'ici tout va bien...

Atualizando o mundo nas minhas notícias:

Estou no Sertão do Seridó, no Rio Grande do Norte. Casa de Papai. Decidi me deixar ser cuidada por alguém, já que andei dando passos muito importantes estes meses. Aliás, num intervalo de exatos dois meses sofri dois finais de casamento. O primeiro deles foi o meu mesmo com a pessoa com quem eu dormia. O segundo foi o com o meu emprego, a quem eu dedicava minhas horas acordada.

Me sinto livre. Pronta pra próxima. Acho que a vida está me dando uma excelente oportunidade de reescrever minha história. E tenho certeza que vai funcionar. No final das contas, há pessoas que fazem reposicionamento de carreira.

Eu não. Estou fazendo reposicionamento de vida. Mesmo.

Daí eu me lembro de um dos meus filmes favoritos, La Haine (O Ódio), de Mathieu Kassovitz, que começa com o monólogo que diz:

"C'est l'histoire d'un mec qui tombe d'un immeuble de cinquante étages au fur et à mesure de sa chute il se répète sans cesse pour se rassurer: jusqu'ici tout va bien, jusqu'ici tout va bien, jusqu'ici tout va bien... mais l'important, c'est pas la chute, c'est l'atterrissage."

Em suma: é a história de um home que cai do alto de um edifício de 50 andares e - aop longo da queda - ele repete sem cessar para si mesmo: 'Até aqui tudo vai bem, até aqui, tudo vai bem....mas o que importa não é a queda, é a aterrisagem'.