Ser professora é padecer no paraíso
Ontem eu tava maus. Na terça à noite durante a aula uma aluna se alterou pra cima de mim, soltou os cachorros (ela tirou 2,0 na minha prova). Extrapolou os assuntos didáticos-pedagógicos e me ofendeu. Não saí do salto, me controlei e contornei a situação. Mas fiquei péssima e não dormi à noite. Assim que acabou a aula alguns alunos vieram conversar comigo e disseram que a maioria não concordava com a postura da aluna e que eu não me preocupasse. Eu trabalhei até tarde no escritório ontem e recebi ligações de alunos preocupados comigo, me ligaram pra dar força e dizer que adoravam minhas aulas. E pra finalizar, antes de dormir recebo outra ligação, desta vez da minha Coordenadora, que sabendo do ocorrido teve uma conversa com os alunos, inclusive da outra turma que não teve nada a ver com o barraco, e recebeu vários elogios a meu respeito, algumas críticas, é claro (rigidez com horários, prazos, provas longas, etc), nada que pudesse me arrasar ou deixar preocupada. Conversando com minha amiga D, que também é professora, ela me disse uma coisa que tirei como lição dessa história toda: "se estamos fazendo um trabalho correto, empenhadas nos resultados, com amor e dedicação não devemos acreditar nem levar em consideração certas críticas (as descontrutivas). A gente está acostumado a acreditar nas coisas ruins que dizem ao nosso respeito e sermos modestos em relação aos elogios". Realmente. Nas avaliações de professores tive um ótimo conceito, mas bastou a esculhambação de uma aluna pra me arrasar e pensar em desistir.
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