Pra em enlouquecer é mais caro...
Quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece...
É 1 da matina. Toca o celular. Acordo com aquele gosto de susto e o coração disparado não tanto pelo súbito do telefone, mas pelo inusitado da hora, já imagino que se trata de má notícia...
Adivinha?
Pois é. O Médico Esquizofrênico. Chamá-lo-emos de "ME".
ME: Acordei vc?
Eu : Sim. Mas agora que eu estou acordada, o que houve?
ME : O que vc tem?
Eu : Gripe
ME: Quais são os sintomas? febre, dor de cabeça...?
Eu: Pare com isso, não tente me proteger. Eu já tô saindo da gripe, não precisa tentar cuidar de mim que eu sei me virar sozinha, não quero seus cuidados; além do quê eu estive mal e agora não preciso mais de médico não...
Tudo bem, confesso que fui bruta com o rapaz, mas tá pensando o quê? Neguinho me dá um bolo no dia de natal, passa uma data sem aparecer e ainda vem com esse papo de pseudo-protetor? Sai pra lá, jacaré! Se quisesse saber como eu estava, que ligasse com mais freqüência.
Aliás, como diria Calcanhoto:
Entre por essa porta agora
E diga que me adora
Você tem 1/2 hora
Pra mudar a minha vida
Caso contrário, xau! "Dê o lavra"! "Dê o pira"! Caia fora ou qualquer outras dessas expressões esdrúxulas pra dizer "SUMA".
Enfim, foi um monólogo que durou cinco minutos. Ele perguntando e eu respondendo monossilabicamente, sem vontade alguma de dizer qualquer coisa que dissesse respeito a qualquer pessoa - inclusive a mim mesma.
No fim, eu gostaria de ter sentido algo apenas diferente daquela indiferença que me assomou à 1 da matina de sexta-feira. Tavez eu pudesse ter sido mais calorosa, ter-lhe pergutado como ia, quais planos fazem parte de seu futuro...
Para quê? Jamais faria parte dele (do futuro), sequer como amiga. Simplesmente, nem sua amiga mais gostaria de ser.
Será que, no fim, a indiferença nos ataca a todos?
Bom, achei interessante o trecho de um livro que leio no momento (maiores explicações no post acima)...achei que se enquadrava um pouco nessa minha melancolia. Talvez tenha sido a única coisa que sobrou mesmo.
"Penso em vc todos os dias, todos os dias me interrogo, os hábitos são tão difíceis de mudar, meu doce e pequeno coração perdeu sua doçura, por que caminha assim tão solitário, não tem medo da tempestade que se levanta no mar? Se a água corrente pode mudar de rumo, leve-me com você, se viro água corrente as lágrimas continuarão a cair, se eu sou água límpida, não voltarei atrás, o tempo passa, o tempo é fugidio, não volta nunca. Como são bonitas as flores desabrochando nos galhos, elas murcham, florescem novamente, como compreender, você é a estrela, eu sou a nuvem, é o amor que carece de profundidade ou somos nós que não éramos predestinados."
0 Comentários:
Postar um comentário
<< Página inicial