Paciência
É engraçado como dizem que pessoas com mais idade são rabujentas. Ontem eu e Superpowerpuff Bicha tivemos uma loooonga conversa sobre o assunto. Eu, de minha parte, juro que me esforço diariamente pra não me tornar uma pessoa mais intolerante do que a idade tem me levado - invariavelmente - a ser.
Mas te confesso que eu também ando sem paciência pra
- 1) gente que só reclama da vida;
- 2) gente que emporcalha as ruas;
- 3) gente sem educação;
- 4) volte ao número 1;
- 5) gente falsa, ai como eu não aguento mais!;
- 6) gente preconceituosa (sobretudo os homofóbicos);
- 7) volte ao número 5. Morte a todas as monetes e gays falsos do mundo Socorro!; Heloo! What's the matter with you guys?!?!?!
- 8) gente que é dona da verdade;
- 9) Galera sem noção. E olha que é uma classe que é feito Gremlin; jogou água, se prolifera;
- 10) "Jornalistinhas de merda" (se não entendeu a piada falta leitura, ignorante! Vai ler Um Copo de Cólera!) que se acham mais importante que a notícia; ou que se acham notícia. Credo!
Vantagens? Como diria o poema de Adélia Prado "Já a minha vontade de alegria, sua raiz vai ao meu avô mil"
Conhece não? Adoro esse poema. Feito pra mulherzinhas assim feito eu: burrinhas e crédulas na vida. Inda bem que tem um monte delas por aí, fazendo com que esse mundão de meu Deus faça mais sentido.
Com licença poética
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
– dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
– dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
Adélia Prado
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