Ficando Velho
Hoje liguei para um ficante aqui de Recife. Já estava devendo essa ligação há muito, pois o dito cujo me ligou três vezes durante a semana e eu naum estava com o celular em nenhuma das ocasiões. Resultado: “sua chamada está sendo encaminhada para caixa de mensagem...”

Pois é. Acontece que mesmo sabendo dos recados (que foram breves e discretos) eu relutava em ligar porque o cara é CASADO!... (ai, ai)

Normal. Quem me conhece sabe que vira e mexe eu me meto com esse tipo. Fazer o que? Vai que eu tenho feromônios que atraem especificamente em indivíduos comprometidos. Vai saber. A RMRO que o diga.

Voltando ao assunto. Liguei pro cara – que ficou todo feliz no outro lado da linha – e marcamos uma “cerveja” para mais tarde. Quando estamos nos despedindo (e eu estava falando enquanto andava para minha casa, que fica pertinho do meu trabalho) vem um cara bonitão, meio grisalho, na minha direção e me dá aquela encarada federal. Sabe a olhada do tipo “confere”? Pois então.

Fiquei sem jeito, já que eu estava terminando de falar com o ficante no telefone, mas naum pude deixar de retribuir a “secada” com um sorriso de canto de boca. O cara não contente só com a encarada, também sorri e me cumprimenta ao se aproximar. Gelei. O cara apertou minha mão, me deu mais uma encarada e foi-se embora, com um sorriso cínico no rosto. (vc imaginou a cena?)

No outro lado da linha uma voz me fez voltar a realidade: “alô, aconteceu alguma coisa?”, Era o ficante casado. Eu respondo: “Não, não foi nada, foi um carro. Xauzinho”.

Já pensou. Virei para trás e só tive chance de conferir que o cara bonitão também era dono de uma bunda linda. Ai, ai. Eu mereço 50 chicotadas. Meu impulso foi de ir atrás do cara. Mas não fui. Preferi continuar meu caminho, feliz da vida pela cantada em plena luz do dia. E satisfeito com a “cerveja” de logo mais. Devo estar ficando velho...