Quando eu crescer quero gozar a licença-maternidade da minha faxineira!!

Eu sei que paciência tem limites, mas entendam só: a minha está quase no fim. Tudo começa lá pro ano de 2008, quando minha faxineira fiel, Mazé (que me acompanha há uns sete anos) resolver engravidar pela terceira vez. Detalhe: a filha mais nova dela tinha já 16 anos à época.

Ela estava namorando um negão-saradão-todo-gostoso. E safado. Resolveu levar adiante a gravidez. Até aí beleza.

Eu e uns amigos que usufruímos de suas faxinas nos juntamos pra pagar uma licença-maternidade pra ela. O bebê nasceu em junho. Nesse meio tempo, ela descobriu que tinha direito ainda a uma licença-maternidade pelo INSS, pois havia se desligado de um emprego anterior com carteira assinada há menos de um ano. E, assim, ela teve não uma, mas duas licenças-maternidade pra poder ficar com o pimpolho.

Pra continuar dando uma força, ela me propôs que a faxina de minha casa fosse feita pela filha dela, que iria acompanhada de uma amiga. Sim, porque a faxina de Mazé é tão boa que eu pago R$ 50,00 a diária e duas pessoas não dão conta de metade do que ela faz. E eu moro só. Com dois cachorros. Não precisa cozinhar ou passar roupa. É limpar a casa, colocar roupa a máquia e estender no varal. Eu tiro a roupa do varal e guardo.

Os outros clientes terminaram por desistir de esperar por ela. Mazé está em casa há seis meses e não volta pras faxinas porque alega que "O bebê está mamando ainda".

Eu quero saber é NAONDE que uma mulher tem licença-maternidade de seis meses caso não seja concursada pública do Governo Federal.

Não estou questionando o direito dela ficar com o bebê. Estou questionando é o meu direito de encontrar outra pessoa tão competente quanto pra substitui-la. Do nosso círculo de migos, apenas eu estou insistindo nessa tecla porque todo mundo já trocou de faxineira. E eu, bestona, fico insistindo em ajudar a família de Mazé pagando uma faxina nada barata por um serviço que não chega aos pés do que ela fazia.

Hoje pela manhã ela me ligou. Disse que não sabia se ia voltar em janeiro (em novembro ela disse que não saboa se ia voltar em dezembro e por aí vai). Joguei duro e perguntei a ela se ela pretendia voltar porque apesar de gostar do trabalho de sua filha (not!) eu queria os serviços dela. Disse que todo mundo tava de faxineira nova e mais barata e queria saber se ela pretende voltar. E se pretende fazer isso em breve.

Te confesso que minha paciência tá acabando.  Papai-do-Céu é testemunha do quanto sou leal às pessoas que eu amo. Mas enchi o saco. Mesmo.

Humpf!