Dona Anita, butequim kitch:
A barraca de Dona Anita tem um “quê” todo especial. A começar pelo atendimento de primeira qualidade, daqueles intimistas até para marinheiros de primeira viagem. Os 'capitões' são: Dona Anita; com seus quarenta e poucos anos, e seu filho Jesus; jovem, e plural colecionador de cédulas e moedas, nacionais e internacionais, expostas desordenadamente em várias partes da barraca. A cerveja esta sempre beeeem geladiiiiiiiiinha! Coxinhas, pasteis, entre outras guloseimas.
Decoração: Os banquinhos são igualmente heterogêneos às cédulas e moedas, cada qual com seu tamanho e forma. Há vinis antigos, martelos, canos, enfim, vários objetos achados no mangue, dependurados ao teto, milhares de flyers colados assimetricamente junto a coleção de Jesus. Uma zona! Mas que faz sentido, e é legal pra quem curte o local. Mas a ameaça da “besta fera” esta por vir! A prefeitura esta fazendo uma reforma geral nas redondezas, urbanizando toda uma área que antes era um descampado, justamente onde Dona Anita esta situada. Meu receio é que nesta nova investida prevaleça o enlatado, o “bem acabado”, e que dona Anita deixe de ser o “inacabado, o imperfeito”, como diria Lenine. Que perca sua liturgia poética e boêmia.
Texto de Camarada Púshkin no "brogue" dele, cujo endereço eu sei, mas não posso te contar
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